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6 I SÉRIE — NÚMERO 91

sões de l5 de Março e 6 de Abril; Margarida Rocha Gariso, Hino, a mesma República e os seus valores. na sessão de 16 de Março; José Alberto Fateixa e António Temos um Presidente da República que é, de direito e Nazaré Pereira, na sessão de 29 de Março; Santinho de facto, presidente de todos os portugueses; temos um Pacheco e António Capucho, na sessão de 5 de Abril; e Parlamento que representa todos os cidadãos portugueses; Jovita Ladeira, na sessão de 27 de Abril. temos um Governo democraticamente legitimado e sujeito

Foram respondidos os requerimentos apresentados por à nossa fiscalização parlamentar, eleitoral e cívica; temos vários Srs. Deputados. No dia 17 de Maio de 2001: Honó- tribunais independentes dos demais órgãos de soberania. rio Novo, na sessão de 6 de Abril. Somos, em suma, um Estado de direito, a caminho de

No dia 23 de Maio de 2001: Herculano Gonçalves, na ser, cada vez mais, um Estado de justiça. E além disso um sessão de 15 de Março; e Heloísa Apolónia, na sessão de 3 Estado-membro da União Europeia, a organização supra-de Maio. nacional mais vasta e avançada do mundo. Como não ter

No dia 31 de Maio de 2001: Eugénio Marinho, na ses- orgulho em pertencer a uma pátria assim? são de 29 de Março; e Nuno Teixeira de Melo, no dia 8 de Maio. Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Inscreveram-se, para tratamento Cabe referir que os portugueses que vivem e trabalham

de assuntos de interesse político relevante, os Srs. Deputa- no exterior não se identificam com o seu País só pelas dos Ofélia Guerreiro, Pedro da Vinha Costa e Telmo An- grandes razões. Acompanham, vibram e sofrem igualmente tunes. com os êxitos e os insucessos dos nossos desportistas, com

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Ofélia Guerreiro. a nossa selecção de futebol, com os jogos dos seus clubes favoritos, com a nossa culinária, com o nosso folclore, A Sr.ª Ofélia Guerreiro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e enfim, com as nossas tradições, costumes e hábitos, com as

Srs. Deputados: Nesta minha primeira intervenção, saúdo tão ricas manifestações da nossa identidade. V. Ex.ª e todas as Sr.as e Srs. Deputados fraternalmente. Por isso, não se subestimem estas afinidades tão ricas e

tão ímpares que encurtam distâncias e se constituem, neste O Sr. Presidente: — Obrigado, Sr.ª Deputada. mundo globalizado, num imenso potencial, num valor agregado que está por descobrir e explorar em todas as A Oradora: — É com muita emoção que me encontro suas potencialidades.

nesta tribuna, tanto pelo facto de ser a primeira vez que Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Numa era de exerço a função de Deputada à Assembleia da República grandes e rápidas mudanças em que o mundo e Portugal se como também pelo facto de ser uma cidadã portuguesa defrontam com novos desafios, são mais do que nunca residente fora do espaço físico português, mais exactamen- necessários ao serviço dos interesses e valores portugueses te no Rio de Janeiro, eleita pelo Partido Socialista e pelos uma correcta informação, uma inteligência estratégica, um eleitores do círculo Fora da Europa ou do Resto do Mun- pensamento prospectivo e uma diplomacia dinâmica. Num do. mundo em mudança, recusar mudar instituições, modelos e

É por isso que desejo dirigir-me a VV. Ex.as e a todos comportamentos é ficar cada vez mais para trás. os portugueses em geral como humilde porta-voz daqueles Os desafios políticos, económicos e sociais que se nos concidadãos que não residem no espaço continental ou colocam exigem de nós todos, dirigentes políticos ou sim-insular português mas em espaços territoriais espalhados ples cidadãos, uma atitude também desafiadora das nossas pelas sete partidas do Mundo. tradicionais rotinas.

Singular identidade esta a da nação portuguesa: dois Já se tem feito muito. Portugal, desde o 25 de Abril, terços dos seus filhos na casa paterna, um terço fora dela. progrediu e desenvolveu-se. Isso orgulha-nos quando Estes, disse Torga, que «não couberam no berço», espa- visitamos a nossa querida pátria. Mas o por fazer é tanto lhados pelo mundo, globalizaram, como hoje se diz, a ou mais do que o já feito. nação portuguesa. Sucessivos governos, familiares dos portugueses não

Ficou-nos, da era de 500, a tentação de descobrir. De- residentes, alguma imprensa e, atrevo-me a afirmar, uma pois de termos «arredondado» a Terra, passamos a fazer boa parte dos nossos concidadãos fazem por vezes, sobre questão de «arredondarmos» o conhecimento dela. os que tiveram de partir, avaliações mal fundadas, basea-

Pagamos por isso, em moeda de saudade, um alto pre- das em lugares comuns, estereótipos passadistas e até ço, mas vale a pena. Vale a pena representar Portugal com apreciações injustas, traduzidas em atitudes e até em polí-credenciais de trabalho honesto; vale a pena continuar a ticas que não favorecem o total aproveitamento do imenso universalizar a primeira pátria que se universalizou. potencial económico, profissional e humano que a popula-

Estamos, assim, fisicamente longe do território nacio- ção emigrada representa. nal, mas emocionalmente talvez mais perto do que os nos- Vale dizer — e é isto que defendo — que teríamos to-sos compatriotas que o pisam todos os dias. A saudade dos muito mais a ganhar se fossemos encarados como aproxima o que se ama. compatriotas de parte inteira, que somos, e parceiros no

Por mais distantes que nos encontremos, permanece- esforço comum de alavancar o futuro de Portugal. mos irmanados nos valores da nossa pátria, pelos senti- mentos que nos são comuns, pela afectividade, pela Histó- Aplausos do PS. ria, pela cultura e pela língua, que é sempre mãe, e fiéis ao culto dos mesmos símbolos, a mesma bandeira, o mesmo Este futuro joga-se fora e dentro do País. Se me é per-