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6 DE JUNHO DE 2001 11

partido a que me refiro. que afirmei da primeira vez mantenho agora. VV. Ex.as estão em final de ciclo, perderam a noção da Aplausos do PS. decência, perderam a noção do que é o respeito pelas insti- tuições e, seguramente, não é o Sr. Deputado, nem o seu O PS, Sr. Deputado Sílvio Cervan, é um partido com partido, que vem a esta Câmara dizer a um Deputado eleito

valores, com história e princípios suficientes para eu lhe pelo CDS-PP o que admite ou deixa de admitir. dizer que não é o senhor nem a sua bancada que nos diz quem é que é sério neste Parlamento. Nós não lhe admiti- Aplausos do CDS-PP. mos isso!

O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado Protestos do CDS-PP. Pedro da Vinha Costa para responder ao pedido de escla- recimento que lhe foi formulado pelo Sr. Deputado Sílvio Sr. Deputado Sílvio Cervan, não queira ser o Catão, Rui Cervan.

não queira ser o moralista desta Casa. Há coisas e coisas em todos os partidos, em todos aqueles que metem as mãos O Sr. Pedro da Vinha Costa (PSD): — Sr. Presidente, na política! Mas não pense que é V. Ex.ª que define quem Sr. Deputado Sílvio Cervan, agradeço as questões que são os bons e quem são os maus. Não raciocine a «preto e colocou, mas permita-me que comece por lhe dizer que é branco». evidente que esta questão que aqui trouxe, o problema de

Por último, volto a reiterar, Sr. Deputado, que é o PS – Felgueiras, fica irremediavelmente marcada pela ausência e tem dado mostras disso – que está interessado, mais do neste debate do Sr. Deputado Barros Moura. que ninguém, em que a verdade seja esclarecida até ao fim, Seguramente que o Sr. Deputado Barros Moura, dos nos tempos em que deve ser determinada. No entanto, 230 Deputados desta Casa, é aquele que melhor conhece o parece-me absolutamente inequívoco que VV. Ex.as, pelos problema e é também, seguramente, aquele a quem o pro-vistos, têm medo da candidatura de Fátima Felgueiras à blema toca mais de perto. Câmara Municipal de Felgueiras. São conhecidas algumas posições públicas tomadas

Tenham atenção que o combate político não se faz des- pelo Sr. Deputado Barros Moura que, ainda por cima, não sa forma. são totalmente coincidentes com opiniões que aqui foram

expressas por Deputados do Partido Socialista. Aplausos do PS. É pena que ele não possa estar presente e de forma ne- nhuma quero entender que a sua ausência tem de ter um O Sr. Presidente: —Tem a palavra o Sr. Deputado significado. Sinceramente, prefiro acreditar nas palavras

Sílvio Rui Cervan para dar explicações, se assim o desejar. do Sr. Deputado Osvaldo Castro, segundo o qual o Depu- tado Barros Moura está ocupado numa reunião,… O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Sr. Presidente,

Sr. Deputado Osvaldo Castro, como V. Ex.ª deve com- O Sr. Osvaldo Castro (PS): — Ele é o presidente de preender, estou a tremer de medo. Aliás, praticamente não uma comissão de inquérito que está reunida neste momen-durmo com medo da Sr.ª Fátima Felgueiras…! to!

Não deve V. Ex.ª deixar de fazer uma introspecção, uma autocrítica e uma análise às suas próprias palavras. O Orador: —… do que entender que a sua ausência

Repare que, enquanto, em 3 minutos, aqui defendo os tem um significado político que não pode ser escamoteado. autarcas do Partido Socialista, defendo o bom nome de um ex-presidente de câmara do Partido Socialista, V. Ex.ª vem Vozes do PSD: —Muito bem! a esta Câmara defender a honra da bancada, dizendo que não nos admite o que dizemos e em defesa de situações O Orador: —Em segundo lugar, Sr. Deputado Sílvio que não têm margem para ser defendidas, como disse o Cervan, diz-me que não tenho de estranhar o silêncio do Vice-Presidente da sua bancada. PS porque é o silêncio da culpa, do remorso e da vergonha.

É que eu próprio disse muito menos do que o Vice- Tem V. Ex.ª toda a razão. Presidente da sua bancada que é, também, Presidente da Mas esse silêncio só é possível porque, neste país, que Assembleia Municipal de Felgueiras, o qual, por sua vez, tem de ser um Estado de direito democrático, houve uma provavelmente, disse muito menos do que aquilo que pen- inspecção do IGAT cujos resultados estão na gaveta há sa o Secretário-Geral do seu partido para, no vosso último vários meses. Estava prevista uma inspecção ordinária à congresso, ter tomado a atitude que tomou face à militante Câmara Municipal de Felgueiras, em 2000, que não foi do seu partido. efectuada. Ora, pensei que algum daqueles senhores da

bancada do PS iria levantar-se para dar uma explicação O Sr. Osvaldo Castro (PS): — Isso não foi no Con- sobre isso. Não a deram, calaram-se, fingiram que não

gresso! Isso foi uma decisão interna! ouviram falar de uma inspecção ordinária que deveria ter sido efectuada no ano 2000, mas não foi. O Orador: —Se V. Ex.ª, numa tarefa que me parece Mas mais grave do que tudo isso, Sr. Deputado, é que o

impossível – e creio mesmo que V. Ex.ª não merece ter de silêncio do PS só é possível porque a Procuradoria-Geral fazer tal tarefa nesta Câmara –, consegue ultrapassar, pela da República parece estar de férias, no que toca a Felguei-direita e pela esquerda, o que é o sentimento da esmagado- ras, até à realização das eleições autárquicas. Isso é que é ra maioria do seu grupo parlamentar, quero dizer-lhe que o grave!