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42 I SÉRIE — NÚMERO 96

mismo na economia quando o sistema de privatizações, que foi uma política que levou efectivamente ao desenvol- A Oradora: —Há também algo que não quero deixar vimento de muitos sectores, tem estado a ser um verdadei- de referir, para que fique registado. O Sr. Secretário de ro desastre com este Governo?! Desde um processo de Estado das Obras Públicas disse que os meus cálculos privatização anulado como nunca se tinha visto, até situa- estão errados, mas não disse onde é que estão os certos. É ções como a que, neste momento, existe na Cimpor, tudo evidente que, para mim, isso significa que o senhor não se tem passado em termos de processos de privatizações! E pode dizer onde é que estão os certos! Provavelmente, fiz os senhores querem que haja optimismo na sociedade um cálculo por baixo e não por cima! portuguesa!… Querem que as pessoas olhem para a políti- Por outro lado, também não quero deixar de dizer o ca económica e fiquem satisfeitas, que estejam tranquilas, seguinte: Sr. Secretário de Estado, não torne a falar da que tenham confiança! Irlanda com um ar displicente, como se nós fossemos uns

Não vejo nenhum elemento que leve a que os empresá- grandes admiradores da Irlanda e este fosse um país a rios ou os consumidores tenham confiança seja no que for. desprezar. A questão da tranquilidade decorre, obviamente, de uma Sr. Secretário de Estado, é verdade que nós, Partido política do Governo, e essa tranquilidade não é transmitida Social Democrata, temos a Irlanda como modelo de desen-em situação nenhuma! volvimento. E sabe porquê? Porque é um país tão pequeno

O Sr. Deputado Hasse Ferreira resolveu também, penso como o nosso que consegue ser rico e nós gostaríamos que que a brincar, falar do problema dos vencimentos dos a nossa meta de desenvolvimento fosse um país rico, ao funcionários públicos, dizendo que eu tinha dito que faria contrário do Partido Socialista, cujo modelo é a Grécia. E uma proposta de redução dos mesmos. Sr. Deputado, há sabe porquê? Porque é também um país pequeno, mas coisas que não faço, como sejam afirmações de natureza pobre! Os senhores tentam que o nosso país seja o menos demagógica! Não vou aqui dizer que os funcionários pú- pobre entre os pobres; nós gostaríamos que fosse o menos blicos deveriam ser aumentados, a despeito de todos sa- rico entre os mais ricos! É esta a diferença entre nós e o bermos que eles estão a perder poder de compra como há Partido Socialista! muito anos não perdiam. A despeito de saber isso, não vou dizê-lo! Aplausos do PSD.

O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — Ganharam, nestes O Sr. Presidente (Narana Coissoró): — Em nome do

cinco anos! Governo, tem a palavra o Sr. Ministro da Presidência. A Oradora: —Diga-lhes isso a eles, Sr. Deputado! O Sr. Ministro da Presidência (Guilherme d’Oliveira Os funcionários públicos estão a perder poder de com- Martins): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Foi

pra! Porquê? Porque a inflação tem sido muito superior à interessante, e não perdemos, de todo, o nosso tempo, que tem sido prevista e na base da qual têm sido feitas as nesta tarde, ainda que nos tenha ficado a dúvida sobre o negociações salariais – ponto final, parágrafo! Estão todos significado exacto desta interpelação. O Partido Social a perder poder de compra, e vão continuar a perder! Democrata, que a subscreveu, não acrescentou rigorosa-

mente nada àquilo que vem dizendo nos últimos seis anos. O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — E os cinco anos Foi aí que começou a Sr.ª Deputada Manuela Ferreira

anteriores? Leite, e recordamo-nos bem do primeiro discurso aqui produzido após as eleições de Outubro de 1995. Era o A Oradora: —E o senhor vem agora dizer que eu discurso do dilúvio que aí vinha, do descalabro.

proponho reduzir os vencimentos dos funcionários públi- cos!… O Sr. Vieira de Castro (PSD): — Que chegou!

Quem está a pretender resolver o problema das finan- ças públicas através dos funcionários públicos são, pelos O Orador: —Ora, Sr.as e Srs. Deputados, felizmente vistos, os senhores! É que já vi o anúncio de que, nos pró- podemos olhar com orgulho para o País, podemos olhar ximos anos, vão sair vários milhares de funcionários da para obra feita e para obra que continua. É nesse sentido função pública, sendo que, por cada dois, só entra um. Isto que gostaria, em primeiro lugar de vos dizer que houve leva-me a concluir que a despesa pública em pessoal vai aqui o acordo de que não estamos em recessão, de que não aumentar em 50%, porque, como é evidente, por cada estamos em crise, mas não iludamos as questões, uma vez funcionário público que sai, a despesa pública aumenta. É que o fundamental é que, em cada momento, todos assu-assim no sector público, pois um funcionário recebe mais mamos as nossas responsabilidades. na aposentação do que no activo; a despesa pública aumenta, porque o funcionário paga menos impostos e Vozes do PS: —Muito bem! recebe mais vencimento. A menos que os senhores estejam todos à espera que os funcionários públicos morram!… O Sr. António Capucho (PSD): — Cá estamos! Fora disso, não há redução de despesa, pelo que não per- cebo por que referiu esse argumento do funcionalismo O Orador: —Cá estamos e o Governo aqui está! público.

O Sr. Luís Nobre Guedes (CDS-PP): — Por quanto O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — Não ouviu bem! tempo?