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22 I SÉRIE — NÚMERO 98

que é o problema. Não são! Mas o que está bem para vocês não é, forçosamente, problema meu. Eu consegui duas coisas muito importan-Vozes do PSD: —Ah! tes: primeiro, o objectivo dos democratas cristãos, em vez de procurar a luta de classes, é conseguir a conciliação O Orador: —Não são! entre as classes — CIP e CGTP, ambos são contra o vosso E mesmo que o Sr. Deputado Arménio Santos seja, o projecto!

seu partido não é, pelo que não adianta tentar destacar para o vosso partido, dado que a filosofia de base não é essa, O Sr. Fernando Rosas (BE): — Olhe que não! enfim, o amor pelos trabalhadores. Não vejo, pois, por que razão, uma vez que não têm um grande amor por eles e não O Orador: —Eu estou bem! são assim tão devotos… Consegui uma segunda coisa mais extraordinária – o

objectivo dos conservadores é seguirem a política do bom Risos do PS. senso: criticar, aqui, uma coisa «desrazoável» e completa- mente fora de qualquer lógica de bom senso. Donde, meu caro Deputado, o senhor sabe, está farto

de saber – não é por acaso que certos estratos sociais são A Sr.ª Odete Santos (PCP): — Há-de explicar-me o afectos ao partido a, b, c ou d – que os trabalhadores foram que é a «esquerda caviar». beneficiados com a governação socialista! E o seu discurso é irrelevante, porque não é o seu discurso aqui que os O Sr. Presidente: —Também para uma segunda inter-impede de perceber que os salários reais subiram – o que venção, tem a palavra o Sr. Deputado Arménio Santos. não aconteceu nos vossos governos! –, que as condições de trabalho melhoraram – o que não aconteceu nos vossos O Sr. Arménio Santos (PSD): — Sr. Presidente, ao governos! –, que as pensões subiram, e de uma forma ouvirmos a intervenção do Sr. Deputado Strecht Ribeiro muito mais justa – o que não aconteceu nos vossos gover- queríamos acreditar, mas tivemos alguma dificuldade. Dá a nos – , que os excluídos, enfim, finalmente, deixaram de o sensação de que o Partido Socialista deve andar noutro ser e entram cada vez mais no mercado de trabalho. O planeta! O Partido Socialista parece ter chegado recente-senhor sabe isso tudo! Porque é que está com está com mente de algumas ilhas paradisíacas… essa fantasia?!

Agora, se o senhor entende que não e o Sr. Deputado Risos do PSD. Fernando Rosas também entende que não… Enfim, podem sempre coligar-se! E, embora espantados, assistiremos a … e que, quando aterra em Lisboa, transmite encarar a essa coligação! realidade dos trabalhadores e dos portugueses à imagem

daquilo que, eventualmente, terá usufruído nessas para-Risos. gens. Sr. Deputado, o pior que pode acontecer é ser-se autista O Sr. Presidente: —Tem a palavra, para uma segunda quando as situações graves nos entram todos os dias, a

intervenção, o Sr. Deputado Telmo Correia. todos os instantes, pelos olhos dentro. O Sr. Deputado, pelos vistos, não sabe que, na generalidade dos sectores O Sr. Telmo Correia (PS): — Sr. Presidente, eu tinha laborais e económicos do País, as pessoas passam momen-

guardado estes 45 segundos para a Sr.ª Deputada Odete tos extremamente difíceis. Santos, mas uma vez que ela não precisa deles…

O Sr. Manuel Moreira (PSD): — Muito bem! A Sr.ª Odete Santos (PS): — Já passou a oportunida-

de! O Orador: —As pessoas que trabalham! Porque as pessoas que trabalham e que têm salários de O Orador: —Queria só, em 45 segundos, dizer o se- 70, 80, 90, 100, 200 contos não são aquelas pessoas que

guinte: há pouco, quando o Sr. Deputado Fernando Rosas, têm vencimentos de 800, 1000, 2000, 5000 ou 20 000 com aquele tom enfático, me acusava de ser o defensor do contos! patronato, pensei pedir a palavra para defesa da honra. É que o Sr. Deputado fala aqui como se, provavelmen-Mas, depois, pensei que não fazia sentido, porque é verda- te, a generalidade dos trabalhadores portugueses pudessem de: nós defendemos, de facto, as empresas e o patronato, viver de forma desafogada, com tudo aquilo que deseja-não temos problema algum com isso. vam e de que têm necessidade para fazer face às carências

No entanto, Sr. Deputado Fernando Rosas, queria só e às necessidades básicas da sua família! acrescentar que nós não só defendemos as empresas e o Creia que as coisas não se passam assim! As famílias, patronato, como também defendemos os trabalhadores. particularmente as famílias dos trabalhadores, passam

E lembro-lhe mais uma vez que, nesta matéria, a CIP é tempos difíceis. As famílias estão cada vez mais endivida-contra, que a CGTP é contra e que os senhores ficaram, de das. E, Sr. Deputado, ao contrário daquilo que procurou facto, reduzidos à intelectualidade da «esquerda caviar». aqui transmitir, olhe que não há esse entusiasmo todo, bem

pelo contrário! O Sr. Deputado tem colegas que estão em Risos. condições de o informar, com algum rigor, daquilo que se passa no terreno.