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12 I SÉRIE — NÚMERO 106

O Orador: —Sr. Deputado António Filipe, não é tare- ção da RTP iria ser substituído pelo Dr. Nazaré, porque o fa fácil para nenhum Deputado provar que somos mercado Governo estava descontente com o serviço público, por um suficiente para utilizar uma fábrica planeada para a guerra lado, e com o desequilíbrio orçamental, por outro. colonial. Nem é tarefa fácil para nenhum Deputado encon- A intervenção feita aqui, hoje, pela bancada socialista trar uma solução para nos juntarmos a qualquer outra deixa-me bem mais preocupado. Efectivamente, o Partido fábrica de um país da Europa que pudesse ser utilizada. Socialista não está preocupado nem com o facto de não

De qualquer forma, também tenho algumas preocupa- haver rigor orçamental na RTP, nem com a qualidade do ções e não me parece que se possa reagir apenas porque há serviço público. uma notícia no jornal relatando a posição de um membro do Conselho de Administração. É melhor esperar pela O Sr. Francisco de Assis (PS): — Não diga disparates! posição do Governo.

Fui mandatado pela Comissão de Defesa Nacional para O Orador: —Com o que o PS está preocupado é com receber, amanhã, pelas 14 horas e 30 minutos, a comissão o número de minutos que os seus dirigentes, seja o Dr. da INDEP que desejava falar connosco. E penso começar Coelho, seja a Dr.ª Edite Estrela, seja qualquer membro do por aí uma análise da situação com o próprio Governo. Governo, aparecem, com maior ou menor destaque, na

Quando tiver elementos mais claros sobre isso, terei RTP. muito prazer em trazê-los a esta Comissão Permanente.

Muito obrigado, Sr. Presidente, pela sua amabilidade. O Sr. Francisco de Assis (PS): — Não diga disparates! Vozes do PS: —Muito bem! O Orador: —Ora, Sr. Deputado António Filipe, é muito grave se o PS pretende controlar ainda mais a RTP. O Sr. Presidente: —Sou um mãos rotas, Sr. Deputado. É que a questão não é a de saber da isenção mas a de o PS Sr. Deputado António Filipe, há mais um orador inscri- querer controlar ainda mais a RTP!

to para pedir esclarecimentos. Deseja responder já ou no fim? Protestos do PS.

O Sr. António Filipe (PCP): — No fim, Sr. Presidente. O Sr. Guilherme Silva (PSD): — É um escândalo! O Sr. Presidente: —Então, tem a palavra o Sr. Depu- O Orador: —Sr. Deputado António Filipe, qual é a

tado Sílvio Rui Cervan. sua percepção sobre o número de minutos que o PS e o Governo precisam de ter em directo, no alinhamento da O Sr. Sílvio Rui Cervan (CDS-PP): — Sr. Presidente, RTP, para o conceito de serviço público estar completa-

Sr. Deputado António Filipe, o senhor trouxe-nos aqui mente conseguido? hoje, e bem, a problemática da RTP. E, sempre que se fala dessa problemática, há dois objectivos que deviam estar Risos do CDS-PP. presentes e que cumpre analisar. O primeiro é o do cum- primento do serviço público por parte da Radiotelevisão É que, em bom rigor, se, com esta RTP, o PS ainda não Portuguesa e o segundo é o de algum rigor e contenção tem um bom tratamento, pasme-se o que seja um bom orçamental, algum equilíbrio orçamental, por parte da tratamento para o Partido Socialista e para o Governo! RTP.

Vozes do CDS-PP: —Muito bem! O Sr. Joel Hasse Ferreira (PS): — Até agora, muito

bem! O Sr. Strecht Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra para exercer o direito de defesa da honra da ban-O Orador: —Compreenderia, com alguma benevo- cada.

lência, que a RTP, por cumprir um excelente serviço pú- blico, tivesse, por isso mesmo, algum défice e que não O Sr. Presidente: —Qual é a matéria que considerou fosse conseguido o equilíbrio orçamental. E até poderia ofensiva da honra da bancada, Sr. Deputado? compreender que, no mercado concorrencial, a RTP optas- se por algum rigor orçamental, algum equilíbrio orçamen- O Sr. Strecht Ribeiro (PS): — Foi a afirmação do Sr. tal, em detrimento do cumprimento estrito do serviço pú- Deputado Sílvio Rui Cervan de que nós queremos contro-blico. lar ainda mais a RTP.

O que não consigo compreender e a minha bancada não consegue perceber é como é que a RTP, preste, diariamen- O Sr. Presidente: —Tem a palavra, Sr. Deputado. te, um pior serviço público e agrava o défice e o desequilí- brio orçamental. O Sr. Strecht Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Sr. De-

Por outro lado, no passado fim-de-semana, Sr. Deputa- putado Sílvio Rui Cervan, o senhor ou não ouve ou quer do António Filipe, fui surpreendido. Pergunta-me: por uma fazer um juízo de intenção. notícia de jornal? Não! Por uma notícia de rádio? Não! Fui surpreendido por uma notícia no teletexto da RTP, onde se O Sr. Guilherme Silva (PSD): — Mas vê! dizia que o próprio Presidente do Conselho de Administra-