O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0338 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

o que faltava que agora também dissessem que este autor não é citável ou recomendável!

Aplausos do PS.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da honra da minha bancada.

O Sr. Presidente: - Qual o motivo do seu agravo, Sr. Deputado?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, o Sr. Deputado José Sócrates referiu, a determinado ponto da sua última intervenção, que defenderíamos uma política de discriminação entre nacionais e imigrantes.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado José Sócrates, não obstante V. Ex.ª ter procurado colocar a questão num nível de discussão que reconheço ser aceitável e não haver problema algum em que V. Ex.ª e o PS tenham visão diferente da do Governo ou do meu partido quanto à política de imigração…

O Sr. António Costa (PS): - Ainda não é crime!

O Orador: - Não é crime, aliás, é até desejável!

O Sr. António Costa (PS): - Muito obrigado!

O Orador: - Sr. Deputado José Sócrates, há algo que V. Ex.ª diz que não posso aceitar. O Sr. Deputado diz que defendemos uma discriminação entre nacionais e imigrantes. Não defendemos isso! O que dizemos, e V. Ex.ª concordará ou não, é que há uma relação óbvia entre situação económica, emprego e imigração.

O Sr. António Costa (PS): - Não há não!

O Sr. José Magalhães (PS): - Só se esqueceu da criminalidade!

O Orador: - Se há um momento de retracção a nível do emprego, isso significa que é preciso ter controlo e uma quota. Lembro-lhe, de resto, que a discussão das quotas foi iniciada pelo PS, na altura com a colaboração do CDS-PP.
O que lhe lembro é que, neste momento, existem dezenas de milhar de pessoas que vieram para Portugal e que não conseguem emprego. São imigrantes que devem ser tratados exactamente como os cidadãos portugueses, mas, fruto de não terem emprego, estão por aí ao abandono.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Se estão ao abandono a culpa é do Governo!

O Orador: - É preciso ter tino e controlo nessa situação.
O número de imigrantes que dependem da segurança social portuguesa aumentou 100%.
É só isto o que quero dizer-lhe, Sr. Deputado José Sócrates, pedindo-lhe que reconheça que defendemos que portugueses e imigrantes devem ser tratados exactamente da mesma forma.
Diz-me V. Ex.ª que sou demasiado entusiasta com a política do Governo e, por isso, tenho esta posição. É verdade, Sr. Deputado José Sócrates, mas deixo-lhe duas questões. Tem V. Ex.ª também consciência que em matéria, por exemplo, de investimento estrangeiro estamos perto dos 200 milhões de euros? Mais 12 milhões de euros que em 2001, mais 75 milhões de euros que em 2002.

O Sr. José Magalhães (PS): - Mau exemplo!

O Orador: - Tem V. Ex.ª consciência, ou não, que a Agência Portuguesa para o Investimento tem 100 projectos em análise, neste momento?
V. Ex.ª diz "mais investimento aqui, mais investimento ali". É fácil andar pelo País a apontar sítios para o investimento, o que é difícil é V. Ex.ª explicar como se faz mais investimento, como se gasta mais e, ao mesmo tempo, se controlam as contas públicas. Isso é que era verdadeiro ilusionismo, isso é que é o segredo dos alquimistas, que efectivamente V. Ex.ª não tem nem domina!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para dar explicações, tem a palavra o Sr. Deputado José Sócrates.