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0340 | I Série - Número 007 | 03 de Outubro de 2003

 

mudar a vossa política.

Aplausos do PS.

O Sr. Tavares Moreira (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Pede a palavra para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Tavares Moreira (PSD): - Sr. Presidente, pretendo desfazer um equívoco, um erro grave em que me parece inconveniente que este debate prossiga, quanto ao conceito de recessão económica.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Tavares Moreira (PSD): - Sr. Presidente, peço à Mesa que tome nota que recessão económica é decréscimo económico em dois trimestres consecutivos, em cadeia.

Protestos do PS.

O Sr. José Magalhães (PS): - Já vamos em quatro trimestres em cadeia!

O Orador: - Acontece que o Instituto Nacional de Estatística já divulgou os números para os dois primeiros trimestres deste ano, sendo que a variação em cadeia é positiva. Portanto, objectivamente, é errado dizer que a economia está em recessão.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Honório Novo (PCP): - O senhor tenta ocultar a realidade!

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - É por isso que nunca mais chega a governador do Banco de Portugal!

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Tavares Moreira pediu a palavra como uma interpelação à Mesa. Ora, a Mesa não tem resposta a dar à sua interpelação, mas regista-a.

O Sr. José Sócrates (PS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. José Sócrates (PS): - Para o mesmo efeito do Deputado anterior.

O Sr. Presidente: - Então, dou-lhe a palavra para uma interpelação à Mesa.

O Sr. José Sócrates (PS): - Sr. Presidente, quero dizer à Mesa que vamos no quarto trimestre homólogo de decrescimento do produto. Felizmente, isso ainda não dá cadeia!…

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Falou o economista Sócrates!

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos à Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr.ª Ministra de Estado e das Finanças, suponho que conhece a figura de Camilo Castelo Branco de um bacharel de leis, Tibúrcio Pimenta, mas gostava de a apresentar pelas palavras do autor.
"Ansiava as glórias honradas do Parlamento. O Dr. Tibúrcio foi eleito por Cinfães - um alfobre de Deputados talentosos. 'Debutou esplendidamente', disseram os jornais do governo. A oposição chamou-lhe metafísico, nebuloso como um pântano da madrugada. No fim da legislatura o Dr. Tibúrcio confessava que, neste dilúvio de porcaria, as bestas eram tantas e a arca tão pequena que, afinal, não se salvava ninguém, por causa das bestas."
Continua Camilo: "Eu queria ser ministro três meses, dizia ele um dia a Amália. Este País gangrenado ainda podia salvar-se com uma amputação. Ela começou a imaginar o seu marido a salvar o País com uma grande amputação."
O seu Governo, Sr.ª Ministra, é camiliano: para Portugal, propõe a amputação da investigação e da ciência, a amputação da prevenção dos fogos florestais, a amputação da conservação das estradas, a amputação do investimento e a amputação,