O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

0837 | I Série - Número 016 | 24 de Outubro de 2003

 

O Orador: - Sempre a defendemos! Mas vemos agora a maioria a escrever pérolas deste tipo: que o apoio da comunidade internacional é essencial para a estabilização política e económica do Iraque;…

O Sr. José Magalhães (PS): - Bem dito!

O Orador: - … que, como sempre sustentaram,…

O Sr. José Magalhães (PS): - Isso já é mal dito!

O Orador: - … as Nações Unidas devem ser chamadas a desempenhar um papel progressivamente mais central, etc., etc., etc.
Sr. Presidente, era caso para apresentarmos um segundo voto de congratulação pelo retorno da maioria à legalidade,…

Risos do PS.

Vozes do PSD: - Ah!

O Orador: - … mas não vale a pena fazê-lo, porque o nosso sentido de voto será indicativo de que os recebemos com muito prazer, na defesa dessa legalidade internacional.

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!

O Orador: - No entanto, não o faremos sem algumas notas. É que não votaremos este voto por inteiro,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Faltava cá essa!

O Orador: - … porque não podemos pactuar com tentativas de legitimar agora, a posteriori, acções que, a nosso ver, foram e continuam a ser marcadas pela ilegalidade.

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - É o que é referido, designadamente, no terceiro parágrafo do voto, onde se expressa o profundo apreço pelo trabalho já feito. Ora, o trabalho já feito, designadamente naquilo que se refere à perda de vidas humanas, ao desgaste pelas operações militares e a tudo o resto, merece, naturalmente, que nos curvemos, nomeadamente, perante a memória daqueles que tombaram, no Iraque, numa operação que sempre qualificámos de ilegal. O que não podemos é pactuar com o manto da legalidade a cobrir agora, a posteriori, aquilo que foi feito, isso, sim, no pleno domínio da ilegalidade.
Daremos, portanto, o nosso voto favorável, na generalidade, como é óbvio, pois estamos perfeitamente à vontade para o fazer, visto que foi sempre o que defendemos. Esperamos que, daqui para o futuro, os senhores fiquem também à vontade para nos acompanhar na defesa estrita e coerente da legalidade internacional e do papel central das Nações Unidas na regulação dos conflitos internacionais.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Uma última nota, Sr. Presidente e Srs. Deputados, para dizer que estamos, naturalmente, com todos aqueles que vão para o Iraque, em missão, certamente, muito difícil, muito espinhosa, muito arriscada, designadamente os homens e as mulheres do contingente da Guarda Nacional Republicana, mas consideramos intolerável que o Governo não tenha tido ainda, nesta Assembleia, uma palavra explicativa…

O Sr. António Costa (PS): - Muito bem!

O Orador: - … sobre as condições, os objectivos e os meios com que esta força vai para o Iraque!

O Sr. José Magalhães (PS): - Muito bem!