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1613 | I Série - Número 028 | 05 de Dezembro de 2003

 

O Orador: - É isso que está por esclarecer e é isso que os Srs. Deputados se recusam a que a Assembleia esclareça devidamente.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Realizou-se, no passado fim-de-semana, o XIV Congresso da Juventude Popular. É particularmente significativo que aqui dirija a mensagem com as conclusões desse Congresso no dia em que passam 23 anos sobre a morte daquele que foi e é o patrono da Juventude Popular.
Adelino Amaro da Costa foi, enquanto viveu, inspirador dos primeiros jovens democrata-cristãos portugueses, muitos deles, ainda hoje, os maiores defensores da democracia cristã no nosso país. Foi também sempre para as gerações seguintes um inspirador não só pela doutrina e pelas ideias que deixou não só pelos valores que indicou e pelos caminhos que abriu mas também pela postura que sempre teve, pela forma como sempre encarou a política e pelo exemplo que sempre soube dar.
Adelino Amaro da Costa deixou uma frase que ainda hoje é divisa da Juventude Popular. Disse, um dia: "Há que ter confiança no futuro; a juventude não é instalada".

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Todos aqueles que queiram tomar contacto com a Juventude Popular e se dirijam, nomeadamente, à sua sede virtual, na Internet, a primeira coisa que encontram é esta frase de Adelino Amaro da Costa, porque, para nós, ainda hoje faz todo o sentido seguir o seu exemplo. Ainda hoje, numa era que é, certamente, diferente, numa era que ele não conheceu, Adelino Amaro da Costa continua a ser aquele que nos dá o caminho a seguir.
Dizer que "a juventude não é instalada" é muito mais do que apelar à irreverência da juventude. É, certamente, fazê-lo, é apelar a essa irreverência, a esse sentido crítico e a essa intervenção, mas é apelar também a uma consequência dessa irreverência, desse espírito crítico e dessa intervenção, ou seja, é apelar à responsabilidade e à iniciativa dos jovens - e é esse o caminho que a Juventude Popular quer seguir nos próximos dois anos.

O Sr. João Rebelo (CDS-PP): - Muito bem!

O Orador: - Um caminho de exigência, mas também de contrapartidas; um caminho em que os jovens sejam capazes de exigir aquilo que é melhor para o País, antes de tudo, e para si em termos de futuro, mas também de assumir as responsabilidades e de ter a iniciativa que possa promover a abertura desses caminhos.
Reunimo-nos, no último fim-de-semana, com o lema de apostar tudo. É isso que hoje pedimos ao País, que pedimos às gerações mais velhas, isto é, que sejam capazes de apostar num momento decisivo.
Reconhecemos o esforço que este Governo foi capaz de fazer nos últimos tempos para o equilíbrio das contas públicas. Nada há de mais importante para que os projectos das novas gerações sejam viáveis do que haver equilíbrio e sustentabilidade. Os projectos podem ser o melhor possível, pode até legislar-se nesse sentido, mas se não houver sustentabilidade do ponto de vista financeiro não há qualquer viabilidade para esses projectos de futuro.
Nesse âmbito, o esforço do Governo é, de facto, assinalável, mas é preciso ir mais longe, começar a construir políticas que permitam a consolidação de uma aposta de futuro. É preciso ser exigente do ponto de vista das preocupações dos jovens de hoje em dia.
Olhamos para o desemprego com preocupação, de resto, não ignorámos esta matéria no nosso Congresso, mas não temos a resposta fácil, temos uma resposta exigente. Consideramos que o problema do desemprego não se resolve com a criação artificial de postos de trabalho, com o subsídio ao emprego para jovens mas, sim, investindo em empresas criadas por jovens, em novas empresas, porque, essas sim, vão ser capazes de trazer não só a inovação como também novos postos de trabalho, nova criação de riqueza e nova receita fiscal; no fundo, conseguem trazer algo de sustentável para o País.
Essa não é a visão daqueles que consideram que é preciso resolver o problema de um momento para o outro, criar postos de trabalho que não têm qualquer sustentabilidade, que não contribuem para o aumento da produtividade, que enganam os jovens enquanto têm menos de 30 anos e que os lançam no desespero quando fazem 31 anos. Quando, de um ano para o outro, deixam de ser jovens percebem que o que