O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1615 | I Série - Número 028 | 05 de Dezembro de 2003

 

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Foi isso que a Juventude Popular, tal como nós fazemos, este fim-de-semana reafirmou, facto com o qual nos congratulamos.
Temos uma nova forma de fazer política, entendendo que o Estado deve dar referências, não deve impingir valores, como outros acreditaram noutros tempos. Apontei bem, por exemplo, a questão da liberdade e a liberdade na educação, que tanto defendemos. Aqui, mais uma vez, defendemos aquilo que o Sr. Deputado bem disse, ou seja, que o Estado deve dar referências, não deve tentar impingir valores como outros, noutros tempos, tentaram.
Estamos a falar de uma juventude que também é solidária. Em momentos difíceis, como quando se fala em defender os valores da democracia, os valores contra as tiranias, os absolutismos e os totalitarismos, conseguimos estar solidários, estar com os nossos. Não esquecemos, por exemplo, que muitos jovens portugueses estão no Iraque. Por momento algum nos esquecemos de ter para com eles uma palavra de solidariedade e de dizer que são portugueses e que nós, jovens portugueses, estamos solidários com eles, não entrando em formas fáceis de fazer política nem em demagogias baratas, como outros entraram.

O Sr. António Filipe (PCP): - Só querem demagogias caras!

O Orador: - Estamos juntos também a lutar pela democracia e, por exemplo, num projecto de revisão constitucional que vai contra a tralha ideológica que ainda subsiste em algumas alíneas, principalmente no preâmbulo, que marcou tempos mas que já não marca a História, já não marca o futuro.
É por este novo futuro, por esta nova política e por esta nova atitude que o saudamos e que saudamos a Juventude Popular.
As juventudes partidárias da maioria que se encontram num caminho de irreverência, de inconformismo, muito à imagem daquilo que foram os grandes líderes Adelino Amaro da Costa e Francisco Sá Carneiro, mas nunca com a acomodação, com o comodismo, mas, sim, pela liberdade, pela solidariedade e pela democracia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, para responder, o Sr. Deputado João Pinho de Almeida.

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Nuno Sá, agradecendo a saudação que fez, quero também saudar institucionalmente a Juventude Social Democrata e todos os jovens portugueses que, ao contrário daquilo que muitas vezes se diz, apoiam as medidas deste Governo.
Vemos alguns jovens que não representam a juventude portuguesa em algumas manifestações. Temos respeito por eles. Temos respeito por tudo aquilo que defendem, pois estão a defender aquilo em que acreditam. Lamentamos, no entanto, que a maior parte das vezes aqueles que com eles solidarizam não respeitem os que pensam de maneira diferente, os jovens que acreditam neste projecto para Portugal, que acreditam num caminho diferente. O caminho de hoje em dia não é o do relativismo, não é o caminho de considerar que não há solução para nada, que o problema que surge tem de ser desde logo consagrado sem qualquer hipótese de solução, estes são aqueles jovens que não querem participar na construção de um futuro melhor, que querem que esse futuro melhor lhes seja apresentado, embrulhado como qualquer presente, de preferência com um laço do qual eles possam escolher a cor.
Este não é o tipo de juventude que está na Juventude Social Democrata ou na Juventude Popular. E o exemplo disto é que nem sempre defendemos as mesmas coisas, nem sempre defendemos que o caminho da exigência seja exactamente o mesmo. É natural que assim seja. Somos duas juventudes partidárias com identidades e projectos políticos diferentes. Convergimos numa única razão: queremos que o Governo de Portugal seja um governo ao serviço das novas gerações. E isto vai exactamente no sentido de valorizarmos coisas que, para nós, são importantes, como, por exemplo, aquilo que referiu sobre o combate ao totalitarismo, àquilo que ainda é a nossa história - a história que foi dada às novas gerações e que não é a que, de facto, aconteceu -, àquilo que ainda é a Constituição de Portugal, a Constituição que certas partes dessas gerações nos impuseram e que não percebemos por que é que não pode servir a todos e, acima de tudo, por que é que não pode servir os jovens que não são socialistas, marxistas, leninistas, trotskistas, maoístas, ou todos esses "istas", que encontram espaço em pelo menos um artigo da nossa Constituição e que nós não conseguimos encontrar.