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3610 | I Série - Número 065 | 19 de Março de 2004

 

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. António Costa (PS): - Para uma interpelação, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Pode dizer qual a matéria sobre que incide?

O Sr. António Costa (PS): - Sr.ª Presidente, os últimos 19 Deputados do Partido Socialista que colocaram questões citaram intervenções produzidas publicamente pelo Dr. Durão Barroso.
Para que não reste qualquer dúvida sobre a autenticidade das citações, gostaria de entregar à Mesa a cópia da transcrição de todas as intervenções citadas, para que, repito, não haja a menor dúvida de que o Dr. Durão Barroso disse tudo o que dissemos que ele disse.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Sr. Deputado, não está a fazer uma interpelação, mas obviamente a Mesa fará distribuir o que o Sr. Deputado lhe fizer chegar.

O Sr. António Costa (PS): - Gostaria apenas de explicar que esta questão nos parece essencial, porque, ao contrário do que disse o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, não se trata de questões locais, mas, sim, de uma matéria essencial.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Sr. Deputado, faça favor de fazer chegar à Mesa as transcrições.

O Sr. António Costa (PS): - O Sr. Primeiro-Ministro é, ou não, um homem de palavra? É essa a questão desta interpelação.

A Sr.ª Presidente (Leonor Beleza): - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Coelho.

O Sr. Jorge Coelho (PS): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Uma vez que tantas vezes já aqui foi repetida esta tarde a questão da responsabilidade do passado na actual crise, quero, antes de mais, dizer com clareza ao Governo e à maioria que, para os portugueses, não assumir responsabilidades e desculpar-se sempre com o passado é absurdo, revela autismo, arrogância, falta de coragem e tentativa de manipular a verdade, o que, como sabem, custou muito caro ao Partido Popular na vizinha Espanha!

Aplausos do PS.

Não se iludam, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo! Ao contrário do que podem crer, a opinião pública portuguesa está atenta - como, aliás, todas as sondagens reflectem - e se o caminho do Governo e da maioria continua a ser este, o seu fim é um verdadeiro "enterro" político.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, é com enorme preocupação e indignação que cada vez mais portugueses olham para a situação em que se encontra o nosso país.

O Sr. António Costa (PS): - Vale a pena lembrar!

O Orador: - Preocupação, em primeiro lugar, porque as suas vidas concretas, o seu dia-a-dia, está pior cada dia que passa.
O Dr. Durão Barroso prometeu tudo a todos. Hoje, passados que são dois anos, não cumpriu as principais promessas e, até, em alguns casos, faz o contrário do prometido.
Lembramos aqui, hoje, pelas suas próprias palavras, alguns dos compromissos solenes que o Dr. Durão Barroso assumiu para com os portugueses.
Em primeiro lugar, lembro a seguinte afirmação: "Ou Portugal consegue, e já, um choque fiscal ou então temos, de facto, um problema seriíssimo". Disse mesmo: "É uma questão de vida ou de morte, pois as finanças e a economia estão quase a ir para cuidados intensivos e só um choque fiscal pode reanimar o seu coração quase parado".

O Sr. António Costa (PS): - Quem diria!

O Orador: - Passados dois anos, nada foi feito.