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4534 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

ao levantamento do protesto contra Portugal. Imagine-se o que seria se não tivéssemos conseguido, por um segundo, esse resultado. "Caía o Carmo e a Trindade", estariam agora a criticar.
Então, se estariam a criticar caso o resultado fosse outro, por que não têm ao menos, já que não querem cumprimentar o Governo,…

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Cumprimentar o Governo?...

O Orador: - … a hombridade de reconhecer que foi uma vitória para o País e não se congratulam com o resultado nacional?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Sr. Deputado Ferro Rodrigues, vai mal assim!

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - O senhor é que vai mal!

O Orador: - E eu tenho pena. Vai mal assim, porque demonstra uma certa falta de sentido de Estado.

Protestos do PS.

Uma coisa é criticar o Governo quando este falha,…

O Sr. Presidente: - Sr. Primeiro-Ministro, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - … outra coisa é criticar sistematicamente o Governo, faça ele bem ou faça mal. Os senhores dizem sempre mal e perdem toda a credibilidade.
Os portugueses não vão por aí, Sr. Deputado Ferro Rodrigues.

O Sr. António José Seguro (PS): - Olhe que não, olhe que não!

O Sr. Presidente: - Para formular perguntas ao Governo, tem a palavra o Sr. Deputado Guilherme Silva.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro: Há uma história, ainda que recente, do que é a posição do PS em relação à Europa.
Quem não se lembra, no tempo dos governos do Professor Cavaco Silva, que a crítica do Partido Socialista era, imagine-se, a de que Portugal era demasiado bom aluno da Europa?! Ou seja, o Partido Socialista era partidário de um Portugal cábula na Europa.
O que se pensava ser uma diatribe da então oposição verificou-se que era mesmo uma convicção do Partido Socialista. Vai daí, quando chega ao governo, o PS torna Portugal num país cábula em relação à Europa, tão cábula que "chumbou", foi-lhe instaurado um processo por défice excessivo. É esta a postura do Partido Socialista.
Não obstante, pensava-se que, agora, pudesse haver alguma inversão de posição. Ora, a surpresa, neste debate, é precisamente a de que o Partido Socialista, que foi o responsável por ter sido instaurado a Portugal um processo por défice excessivo, deveria ser o primeiro de todos os partidos nesta Assembleia a regozijar-se pela circunstância de, graças à política deste Governo, ter sido levantado o processo que pendia contra Portugal. Mas por que é que o Partido Socialista não tem essa postura, que é a que se exigia duplamente por parte do partido que é o responsável por aquele processo e é o maior partido da oposição?
É que o Partido Socialista é como um cata-vento: na semana passada, fez com a maioria um acordo, no âmbito da revisão constitucional, designadamente para permitir a ratificação do tratado constitucional europeu que aí vem; ficou de mal com os seus parceiros à esquerda, foi criticado por estes, e, agora, toca de procurar uma posição de equilíbrio.
A posição de equilíbrio encontrada para atingir este novo "frentismo de esquerda" - e classificá-lo-ia como um "frentismo de esquerda" contra Portugal - foi a de não se ter regozijado pelo facto de termos conseguido que fosse retirado o processo que nos tinha sido instaurado pela Comissão Europeia.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!