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4529 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

segurança e defesa e de uma política externa europeia que contribua eficazmente para a resolução dos grandes problemas da Humanidade.
A Europa a 25 não pode conformar-se em ser uma gigantesca zona de comércio livre e um anão político, nem deixar que outros a dividam entre uma pseudo nova Europa e uma velha Europa.

O Sr. António José Seguro (PS): - Muito bem!

O Orador: - Com a Europa a 25 teremos, decerto, mais Europa, mas também precisamos de mais União.
Queremos aprofundar a Europa que construímos, que nos deu paz e segurança durante décadas, que foi capaz de instituir um modelo social, que deu bem-estar às várias gerações, e que lançou um mercado interno de sucesso e a moeda única. Queremos mais coesão territorial, queremos a liberdade com segurança, o que implica firmeza e inteligência na luta contra a criminalidade e o terrorismo, apostando no multilateralismo e preservando o respeito pelo Direito internacional e pelos direitos humanos, contra o racismo, a xenofobia e a intolerância.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - A Europa alargada é, pois, o corolário natural de uma Europa de liberdade por que os socialistas portugueses sempre se bateram.
Evidentemente que trará alguns difíceis desafios ao projecto europeu e, em particular, a Portugal, e solicitará tensões intracomunitárias e desafios nacionais, a que será necessário responder.
Neste contexto, há duas questões fundamentais que coloco ao Sr. Primeiro-Ministro.
Primeira: apesar de toda a retórica sobre a diplomacia económica, que ajudas concretizou o Governo para levar as empresas portuguesas a identificarem oportunidades de investimento, parcerias e nichos de mercado no novos países aderentes?

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Segunda: porque não abriu sequer embaixadas em todos os novos Estados-membros? Isso é que seria consequente com o discurso que aqui fez sobre potencialidades. Não houve nem mais uma embaixada aberta em qualquer dos novos Estados-membros depois do Partido Socialista ter saído do Governo há mais de dois anos.

O Sr. António José Seguro (PS): - Muito bem!

O Orador: - Sr. Primeiro-Ministro, o dia de amanhã é também marcado por ser o Dia do Trabalhador.
O alargamento dá-se num momento em que no nosso país os portugueses enfrentam graves problemas, que são respondidos pelo Governo, como agora acabou de se ver, apenas com o recurso à mistificação política.
Devo dizer-lhe, desde já, Dr. Durão Barroso, que não aceitamos que o senhor queira tornar a manutenção da GNR no Iraque depois de Junho como um facto consumado, mesmo sem a reavaliação da situação, aliás exigida pelo Sr. Presidente da República, e sem que haja qualquer nova resolução das Nações Unidas que permita o regresso à legalidade internacional.

Aplausos do PS.

Não aceitamos que o seu Governo nada faça perante os vários desastres que os portugueses enfrentam: o desastre do desemprego, com quase 0,5 milhões de pessoas nessa situação; o desastre da prolongada divergência real em relação ao crescimento na União Europeia; o desastre do agravamento das desigualdades sociais e a preparação da retirada, novamente, de direitos adquiridos, justos, como é o caso do subsídio de desemprego e como também já aconteceu com o subsídio de doença; o desastre do défice público, Sr. Primeiro-Ministro, que, como o Banco de Portugal ontem disse, sem as "manigâncias" seria de 5,3%, muito pior do que o de 2001;…

Aplausos do PS.

… o desastre das dívidas galopantes do Governo - voltámos à situação em que ninguém paga a ninguém