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4530 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

e os senhores são os primeiros a dar o exemplo, com pagamentos em débito a várias entidades, desde o Serviço Nacional de Saúde até às obras públicas.
É uma vergonha, Sr. Primeiro-Ministro! Não podemos aceitar que esta situação continue.

O Sr. Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP): - Enganou-se no debate!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: - Sr. Deputado Ferro Rodrigues, em primeiro lugar, congratulo-me com o facto de, no essencial, estarmos de acordo quanto ao alargamento, quanto aos grandes objectivos da União Europeia.
Aliás, as suas palavras reflectem também um acordo político celebrado entre o Partido Socialista e a maioria no que diz respeito à revisão constitucional em questões europeias. É lamentável, isso sim, que uma certa esquerda mantenha sempre a sua posição anti-europeia.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - No que diz respeito à questão que me colocou sobre a abertura de novas embaixadas, quero dizer-lhe que, como é obvio, tivemos de aplicar contenção orçamental nos últimos dois anos,…

O Sr. Miguel Anacoreta Correia (CDS-PP): - Claro!

O Orador: - … mas durante o ano de 2004 contamos abrir embaixadas em Chipre, na Eslovénia e na Eslováquia, e durante o ano de 2005 nos três países bálticos.

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Mais vale tarde do que nunca!

O Orador: - É um esforço orçamental considerável, para acompanhar este alargamento.
Quanto à diplomacia económica, ela está de boa saúde. Eu próprio, a Sr.ª Ministra dos Negócios Estrangeiros, o Sr. Secretário de Estado e os nossos embaixadores têm dado todo o apoio às missões empresariais e, mais importante do que isso, aos esforços das grandes, pequenas e médias empresas portuguesas que estão a descobrir potencialidades nos novos mercados da Europa Central e de Leste.

O Sr. José Junqueiro (PS): - Quais são os resultados?

O Orador: - V. Ex.ª, a meio da sua intervenção, falou na questão do Iraque sem que eu tenha percebido qual é, verdadeiramente, a sua posição…

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Essa agora!... Queremos que haja uma nova resolução do Conselho das Nações Unidas!

O Orador: - Aí, aliás, o Partido Socialista têm-se caracterizado por grande ambiguidade.
V. Ex.ª quer ou não que a GNR retire do Iraque? A verdade é que, até agora, aparentemente o Partido Socialista - e bem! - não tem reclamado a saída da GNR do Iraque e era útil que todas as forças políticas portuguesas estivessem solidárias com a decisão que foi tomada do ponto de vista nacional.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente da República, que V. Ex.ª citou na sua intervenção, ainda há dias disse, numa entrevista a um jornal português, que seria impensável, neste momento, colocar sequer a questão da retirada da GNR do Iraque.
Em minha opinião, os homens e mulheres da GNR que servem Portugal, que servem a nossa bandeira no Iraque, merecem, pelo menos, para além da nossa solidariedade activa, que não se lhes causem mais dificuldades do que aquelas que já enfrentam e são derivadas da missão de risco em que estão empenhados.
V. Ex.ª tocou - ao de leve, é certo - a questão do défice. Aliás, essa é sempre uma questão que vos causa grande embaraço!

O Sr. Eduardo Ferro Rodrigues (PS): - Nenhum!