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4538 | I Série - Número 083 | 03 de Maio de 2004

 

esquerda, o pessimismo vai aumentando, tenho a sensação de que a oposição em geral tem uma espécie de avaria no "barómetro do contentamento".
Começando pelo Partido Socialista, fica desde já evidente e óbvio que este, que pôs Portugal à beira de um "cartão vermelho", que, fruto do descontrolo financeiro, deixou o País com a "corda no pescoço", no momento em que essa "corda" é retirada, não tem sequer a humildade de o reconhecer e de se congratular por esta vitória de Portugal e dos portugueses.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Já mais à esquerda, o Partido Comunista - declarações de ontem mesmo! - diz que o alargamento é uma desgraça, que é o pior para Portugal, que Portugal é o país que mais tem a temer com o alargamento, que só vai haver dificuldades.
Em alguma medida, compreendemos, porque a adesão à União Europeia de países que integraram o Bloco de Leste tem de ser uma tristeza para o Partido Comunista. Aliás, a tristeza do Partido Comunista começa logo por ter acabado o Bloco de Leste.

Risos do CDS-PP.

Protestos do Deputado do PCP Bernardino Soares.

De facto, se, como passa a vida a dizer, o Partido Comunista tivesse saído vencedor no processo revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril, se não tivesse havido 25 de Novembro e a vitória tivesse sido do PCP, Portugal teria pertencido ao COMECON até à queda do Muro de Berlim e, actualmente, seria Portugal que, finalmente, estaria a pedir a adesão à União Europeia. Portanto, podemos compreender a tristeza do PCP.

Risos do CDS-PP.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Essa intervenção é que é uma tristeza!

O Orador: - Mas nós não vemos as coisas desse modo. Vemos, sobretudo, que a questão do alargamento, a entrada para a União Europeia de países que viveram anos sob uma das piores tiranias do século passado, é um direito de justiça inquestionável, independente da realidade económica que conforma.

Vozes do CDS-PP: - Muito bem!

O Orador: - Neste meu percurso, não deixaria de fora a extrema-esquerda, Dr. Francisco Louçã, porque aí, então, é o pessimismo completo: é tudo negro; é o manto negro, é a cobertura negra; é a desgraça; é o País triste; é uma espécie de realidade urbano-depressiva permanente que se abate sobre o nosso país.
O Bloco de Esquerda falseia normalmente as realidades - e dou-lhe dois ou três exemplos, Dr. Francisco Louçã, para que fique mais contente.
Quem é que garantia, do alto da tribuna, com aquele ar sério, com "cara de pau", que, a dada altura, tinha acabado a investigação criminal em Portugal porque tinha deixado o cargo uma determinada directora? Não acabou, Dr. Francisco Louçã. O senhor enganou o País.
Foram os primeiros a garantir que tinham a certeza absoluta que havia armas de destruição maciça no Iraque, porque, entre outras coisas, tinham sido vendidas por nós. Lembra-se disso, Sr. Primeiro-Ministro? Tinham a certeza! Foram os primeiros a ter a certeza que havia armas de maciça.

Risos do PSD e do CDS-PP.

Enganaram o País, mais uma vez, e garantem-nos que a nossa política internacional é de insegurança, mas não é, é de mais segurança.
Para o Bloco de Esquerda, a economia privada é um fantasma, qualquer empresa é uma coisa parecida com a mafia, os políticos são todos uns vampiros - tirando os do Bloco, claro!

Risos do PSD e do CDS-PP.