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4589 | I Série - Número 084 | 06 de Maio de 2004

 

económicas. Porque só isso é que conta.
Dissemos desde o início que não víamos razão para que os portugueses fossem menos prósperos do que os seus concidadãos europeus. Definimos como grande objectivo nacional atingir, num prazo razoável (e não nos 100 anos de que se fala), o rendimento médio da União Europeia, porque achamos que os portugueses têm direito a isso e porque achamos que os portugueses são capazes disso.

Vozes do PSD e do CDS: - Muito bem!

O Orador: - Por isso, o emprego é para nós uma questão essencial. Aliás, foi por esta razão que foi salientado este resultado, que é o primeiro sinal da inversão de uma tendência que nos preocupava, mas pela qual (tenho muita pena, Sr. Deputado!) não somos responsáveis.

O Sr. António José Seguro (PS): - Não são?! Então, a "culpa morre solteira"?!

O Orador: - Em relação aos cinco princípios que defendeu, Sr. Deputado (que, por acaso, foram seis), quero dizer-lhe que também os subscrevemos a todos, repito, todos, em particular aqueles em que salientou a questão da transparência, a questão da igualdade de oportunidades e a questão do rigor nos processos de privatização e na salvaguarda dos interesses nacionais. E estamos particularmente à vontade nessa matéria, Sr. Deputado.
Aliás, no caso particular, que aqui foi mais citado, da Galp Energia, estou perfeitamente à vontade, porque é um dos casos em que entendemos que o Governo resolveu um problema que herdou.
A empresa estava controlada por um investidor estrangeiro que tinha acesso à maioria do capital da empresa, inevitável e inexoravelmente, e tinha uma estrutura accionista conflituosa e incoerente, como o Sr. Deputado sabe. Ora, resolvemos o problema de forma inteiramente satisfatória, com a unanimidade dos accionistas da Galp Energia. Conseguimos, tal como dizíamos há um ano atrás, mostrar que a Galp Energia, recentrada no negócio tradicional do petróleo, era uma empresa forte e viável, o que está perfeitamente demonstrado pelo interesse que desperta a compra da posição do actual accionista estrangeiro por grupos importantes, sólidos e idóneos, e aquilo que o Sr. Deputado poderá ver, sem dificuldade, é que, depois disto, a Galp ficará mais portuguesa, com o centro de decisão mais português do que era anteriormente.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Muito bem!

O Orador: - Ora, esperava que, depois deste longo trabalho que fizemos na reestruturação do sector energético, fossemos saudados por isso.
O que lhe garanto, Sr. Deputado (e o senhor conhece-me bem), é que tudo vai decorrer com perfeita transparência, com igualdade de oportunidades e com rigor técnico e profissional, porque são os únicos critérios que podemos aceitar.

Vozes do PS: - É isso que queremos!

O Orador: - Os únicos interesses que defendemos são os do País. Por isso, a solução que o Governo adoptar há-de ser aquela que melhor defende os interesses da Galp e, portanto, os interesses do País. Será a solução que garante mais valor para o País e para a Galp Energia. Não há preferências nem partidarismos, à partida.

O Sr. António José Seguro (PS): - E à chegada?!

O Orador: - Há rigor, como o Sr. Deputado vai ver, porque definimos um processo rigoroso, analisado tecnicamente. Vamos designar pessoas idóneas para nos proporem a solução adequada que melhor sirva os interesses da empresa. E o Sr. Deputado, a posteriori - porque normalmente é intelectualmente honesto -, vai fazer-nos a justiça de reconhecer que tudo se passou de acordo com os princípios que defendeu.

O Sr. Guilherme d'Oliveira Martins (PS): - Se for assim, óptimo!

O Orador: - Mas, Sr. Deputado, por favor, não critique quem está a resolver um problema que o governo anterior nos deixou!