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5519 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

acordo com a respectiva ordem de inscrição e tendo assistido a este debate e às intervenções da oposição, fica-me uma única sensação: a de que o País precisa, essencialmente, de gente que tenha calma, tranquilidade, serenidade e sentido de Estado, que é o que vos falta.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Honório Novo (PCP): - E o Dr. Santana Lopes tem tudo isso?!

O Orador: - Até agora, este debate não deixou de ter alguns momentos divertidos.
Diria que o momento mais curioso e mais divertido foi aquele em que o líder parlamentar do Partido Socialista, o Sr. Deputado António José Seguro, disse que era preciso refrescar. Queria refrescar… Ora, hoje, o ar condicionado da Sala até funciona, mas, ainda assim, o senhor queria refrescar este Parlamento. E cheguei a perceber, pela troca de cumprimentos, de elogios, de perguntas, entre o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda, onde é que o senhor ia buscar a frescura…

Risos e aplausos do CDS-PP e do PSD.

A frescura vinha dos lados do Dr. Francisco Louçã!
Quero dizer-lhe, Sr. Deputado António José Seguro, que ainda nos lembramos do tempo em que os senhores eram governo e tinham a maioria. Nessa altura, não refrescaram nem havia frescura; nessa altura, o que os senhores fizeram foi congelar o País, tendo sido nós que o descongelámos e o pusemos a andar novamente. Essa é que é a verdade.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Protestos do PCP.

Têm de ter mais calma e serenidade! O País espera calma e serenidade. Compreendam isso!
Do ponto de vista do CDS-PP, a designação do Dr. Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia - dissemo-lo sempre; dissemo-lo quando estava em cima da mesa a possibilidade da candidatura do socialista António Vitorino - é prestigiante para Portugal. Trata-se de um cargo relevante, num momento decisivo para a Europa. Por isso, a escolha de Durão Barroso honra Portugal e honra a posição de Portugal na Europa.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

É muito significativo que esta escolha seja feita com a unanimidade dos 25 Estados-membros da União Europeia, num momento que é fundador da União e em que estão em cima da mesa questões tão importantes como a do tratado constitucional.
Por se tratar de um português, por ser importante que seja um português e pelas circunstâncias de unanimidade que reforçam essa ideia, nós, CDS-PP, não temos uma palavra antes e uma outra agora. Estávamos dispostos a apoiar um português para o cargo e agora mais estamos, sendo o Dr. José Manuel Durão Barroso, que tem o nosso apoio em Portugal e que, no futuro, também terá o nosso apoio no Parlamento Europeu.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Por outro lado, esta escolha resulta, quanto a nós, de dois factores.
Em primeiro lugar, resulta das qualidades pessoais do Dr. Durão Barroso, que nós, CDS-PP, conhecemos bem, porque, ao longo destes dois anos, e na sua qualidade de Primeiro-Ministro de Portugal, trabalhámos com ele estreitamente, lealmente, e aprendemos a admirá-lo e a apreciar as suas qualidades.
Esta escolha resulta também de um outro factor: o de, ao ter sido escolhido o Primeiro-Ministro de Portugal, ser indiscutível que tal só é possível porque, hoje, Portugal, junto dos seus parceiros europeus, é um país credível com uma política credível. De outra forma, não teria sido possível escolher o Primeiro-Ministro de Portugal para o desempenho do cargo em questão.
A este propósito, vou recordar o que a oposição disse em relação a esta matéria. Os senhores gostam de fazer citações, e eu também vou fazer uma, extraída de um debate que teve lugar nesta Câmara.

O Sr. António José Seguro (PS): - Venha a citação!