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5522 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

O Sr. Presidente: - Tem a palavra.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Francisco Louçã, isto é, de facto, um exercício de calma e de serenidade. É-o porque as circunstâncias políticas assim o exigem e porque é assim que devemos proceder. E, pela minha parte, responder-lhe-ei com toda a calma e serenidade.
Devo dizer-lhe que as coisas que o senhor diz tornam esse exercício de calma e de serenidade ainda mais estimulante. O senhor consegue, pelo recurso sistemático à deturpação política, obrigar-nos a um exercício de calma e de serenidade ainda mais estimulante.

O Sr. José Magalhães (PS): - É a sétima vez que fala de calma! Só se fala de calma!

O Orador: - E, repare, a forma calma, serena e tranquila como eu lhe digo o seguinte: que o Gabinete do Dr. Paulo Portas tenha feito circular seja o que for em relação a contactos que não existiram é, Sr. Deputado Francisco Louçã, completamente falso. É uma invenção sua, que o senhor não é capaz de demonstrar, não é capaz de explicar, e que se soma a muitas outras deturpações e invenções políticas suas.

Aplausos do CDS-PP e PSD.

Digo-lho com um exercício enorme de calma e de serenidade, a mesma com que, no domingo, na primeira declaração pública do CDS-PP, feita por mim próprio, desmentimos todo esse tipo de contactos.
Em segundo lugar, o que acho lamentável é que, quando está em causa o nome de um português, de uma figura política prestigiada em Portugal, para Presidente da Comissão Europeia, a primeira coisa que o Bloco de Esquerda tenha feito seja ter dito: "Nós somos contra, nós votamos contra". Os senhores puseram-se contra a indicação de um português. Nós achamos isso perfeitamente lamentável!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Depois, Sr. Deputado Francisco Louçã, como faz parte da lógica do Bloco de Esquerda, o senhor tem essencialmente opiniões e sensibilidades. Os senhores, às vezes, parece que gostavam de ser turcos para fazerem manifestações contra a NATO, gostavam de ser espanhóis para convocarem manifestações por SMS. Os senhores vão "ao sabor da corrente" ou "ao sabor da onda". É um bocado aquela lógica que a sua maior referência política, Leon Trotsky, dizia ser a revolução permanente… Os senhores, como já desistiram da revolução, querem a agitação permanente.

Risos do CDS-PP.

É uma ideia, como qualquer outra.
Nós não somos assim. Nós somos pela estabilidade.
E o senhor está completamente errado, Sr. Deputado Francisco Louçã, quando diz que não há democracia. Não, não! Nós estamos aqui e temos direito a estar aqui.

O Sr. José Magalhães (PS): - Claro!

O Orador: - Eu e todos os Srs. Deputados que aqui estão. Fomos eleitos, estamos aqui. A democracia é democracia representativa também. Nós estamos aqui e temos um mandato para quatro anos.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - O Dr. Santana Lopes é que não está aqui!

O Orador: - E o que eu disse foi que esse mandato se centra na Assembleia da República. E enquanto houver uma Assembleia da República com um mandato para quatro anos, dela podem emanar soluções de governo. É que, em Portugal, não se elege o primeiro-ministro, elege-se a Assembleia da República. Esse é que é o ponto.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Pergunta-me…