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5525 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

aceitamos, também, a do Dr. Durão Barroso". Mas esquecem aí um "pequeno" pormenor, de somenos: é que o Dr. António Vitorino não é primeiro-ministro de Portugal e o Dr. Durão Barroso assumia as funções de Primeiro-Ministro em Portugal. Uma "pequena" diferença…!

Vozes do PCP: - Exactamente!

Vozes do CDS-PP: - O que é que tem uma coisa que ver com outra?

O Orador: - Sr. Deputado, esteja descansado que para nós o Dr. Durão Barroso, como Primeiro-Ministro, não deixa saudades, mas, do vosso ponto de vista que tanto o elogiaram como Primeiro-Ministro, devia deixar saudades, daí que eu estranhe o facto de parecer não deixar.
Sr. Deputado Telmo Correia, acha que, pelo menos, a vós, Deputados da maioria, o Dr. José Manuel Durão Barroso não deveria dar uma explicação?
Isto é, os senhores agora vão ficar aqui com esta situação, a ter de geri-la, porque o Dr. Durão Barroso se foi embora para Bruxelas?… Pergunto: quem é que vai prestar contas por estes dois anos e meio de Governo se não houver eleições agora? Pergunto: quem é que vai prestar contas?
O Sr. Deputado falou da coesão da coligação e isso faz lembrar a coesão económica e social da União Europeia que está só no discurso não está na realidade!!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): - Exactamente!

O Orador: - Porque o que nós já vimos foi a Sr.ª Ministra das Finanças a dizer que se for escolhido o Dr. Santana Lopes é "um golpe de Estado no PSD" já vimos o Ministro Marques Mendes, aqui sempre tão elogiado pelos Deputados da maioria, dizer que tem de haver um Congresso extraordinário do PSD e, no meio disto tudo, os senhores continuam aqui a dizer que a Coligação está sólida, está firme e recomenda-se.
Sr. Deputado Telmo Correia, perante as eleições de autarcas, em 2001, o Dr. José Manuel Durão Barroso veio exigir a realização de eleições antecipadas, como já aqui foi demonstrado pela imprensa da época, dizendo que, nessa altura, o governo tinha perdido a legitimidade. Agora, há três semanas, a maioria ficou com menos 26% do que a soma do resultado obtido pelos partidos da oposição…

Vozes do PSD: - A sério?..

O Orador: - O Dr. Durão Barroso disse, nessa noite, que iria saber entender os sinais dados pelo eleitorado e ele entendeu perfeitamente, entendeu tão bem os sinais que, na primeira oportunidade, abandonou o Governo e foi para Bruxelas e deixou aqui os senhores sozinhos com a responsabilidade de prosseguir com a maioria.
Agora, Sr. Deputado, os senhores entram em pânico quando ouvem falar em eleições. Os senhores acham que, perante a perda de legitimidade deste Governo, entre dar a palavra ao povo ou dar a palavra ao Conselho Nacional do PSD, a legitimidade democrática está no Conselho Nacional do PSD e que deve ser este a escolher, em nome do País, quem é que deve assumir as funções de primeiro-ministro.
Srs. Deputados, aconteceu com este Governo o contrário do que acontece na Marinha: quando um navio mete água o comandante fica até ao fim, é o último a sair… Nesta maioria foi precisamente o contrário: quando o "navio" começou a meter água o primeiro a fugir foi precisamente o "comandante", deixando aqui uma "tripulação" completamente desgovernada e desorientada, que foge das eleições como o Primeiro-Ministro fugiu do Governo e do País!!

Aplausos e risos do PCP.

Vozes do PSD: - Tenha vergonha!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Sr. Presidente, Sr. Deputado António Filipe, é um prazer responder-lhe, ainda por cima com a bandeira verde e rubro ao peito, o que me deixa sensibilizado…
Eu gostaria de dizer-lhe, sobretudo, o seguinte: V. Ex.ª fala na nossa posição em relação ao Primeiro-Ministro Durão Barroso ou, agora, José Manuel Barroso… - porque eu sou uma pessoa actualizada!

Risos do PCP e de Os Verdes.