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5523 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Só gastarei mais 15 segundos, Sr. Presidente.
Pergunta-me, Sr. Deputado Francisco Louçã, por que é que não nos pronunciamos já sobre futuras soluções, sobre futuras escolhas, etc. Do ponto de vista do CDS, porque respeitamos o processo que está a decorrer, seja ao nível do Chefe do Estado seja ao nível do Partido Social-Democrata. Temos esse respeito. Porquê? Porque nós não temos só opiniões e agitação, temos responsabilidade, como o senhor disse, responsabilidade institucional, e comportamo-nos como tal.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Candal.

O Sr. Afonso Candal (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, gostaria que V. Ex.ª me seguisse neste exercício de similitudes e diferenças entre dois momentos da vida política nacional.
As eleições autárquicas de 2001 tiveram o resultado conhecido, que foi, de alguma forma, uma penalização do partido que, então, estava no governo. A esse resultado, seguiu-se a demissão do Eng.º António Guterres.
Recentemente, houve eleições para o Parlamento Europeu, em que se registou um resultado penalizador dos partidos do Governo. Depois disso, deu-se a demissão do Primeiro-Ministro Durão Barroso.
Acontece que, no primeiro momento histórico, se realizaram eleições; neste momento, ainda não o sabemos. Mas sabemos as posições dos diversos partidos.
O Partido Socialista, então, mesmo correndo o risco de o resultado eleitoral lhe ser prejudicial, como até veio a ser, pôs os princípios à frente dos seus interesses mesquinhos,…

Aplausos do PS.

Risos do CDS-PP.

… demonstrando que não estava apegado ao poder e que confiava sempre o voto aos portugueses nos momentos decisivos.

A Sr.ª Celeste Correia (PS): - Muito bem!

O Orador: - Hoje, é também essa a nossa posição: coerência - e coerência na linha justa, na linha mais democrática de confiança nos portugueses.
Já em relação ao PSD - e volto a citar o Povo Livre (não sei se V. Ex.ª o lê, mas posso fazer-lhe chegar uma cópia, apesar de não ser difícil pedi-la aos seus colegas da coligação…) -, dizia, então, o Dr. Durão Barroso, ainda antes da intervenção do Eng.º António Guterres: "O País votou na mudança, votou no futuro. Este sinal deve ser interpretado pelo Presidente da República e pelo Primeiro-Ministro. Hoje, temos uma certeza: o Eng.º Guterres não tem a confiança dos portugueses.".

Vozes do PSD: - Isso já sabemos!

O Orador: - E, após a intervenção anunciando a demissão por parte do Eng.º Guterres, disse o Dr. Durão Barroso: "Importa que se tomem, quanto mais cedo possível, as decisões que permitam a clarificação que o País pediu", acrescentando que "isso só pode ser através de eleições".

Vozes do PS: - Ora aí está!

O Orador: - Ou seja, o PSD para ser coerente, hoje, deveria dizer rigorosamente a mesma coisa.

Aplausos do PS.

Os portugueses sinalizaram a mudança, houve a demissão do Primeiro-Ministro, o PSD deveria querer também eleições antecipadas.

Aplausos do PS.