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5521 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

projecto político que deve ser continuado. Esse é o nosso ponto de vista em relação à situação política actual.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Termino, dizendo que a expectativa do CDS é a de que Portugal, neste momento, demonstre ser capaz de protagonizar estabilidade, de ser não um acontecimento permanente, como alguns gostariam que fosse, mas uma democracia adulta, uma democracia em que os mandatos são para quatro anos e em que se trabalha, como nós queremos trabalhar com o nosso parceiro de coligação, numa maioria estável, firme, coesa, porque temos uma ideia e temos um sonho para Portugal.

Aplausos do CDS-PP, de pé, e do PSD.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Telmo Correia, o Sr. Deputado apelou à calma e à serenidade na resolução da crise política; como seria de prever, falou exclusivamente do passado, mas não nos falou da solução para a crise… Tanto mais, Sr. Deputado, que bem-vindas seriam as suas palavras sobre calma e serenidade se, por exemplo, elas tivessem sido ouvidas pelo Gabinete do Dr. Paulo Portas, que fez circular que, na nova coligação, já teria o lugar de ministro dos Negócios Estrangeiros…!

Protestos do CDS-PP.

O Sr. Narana Coissoró (CDS-PP): - Isso é boato! Isso é mentira!

O Orador: - Calma e serenidade ficariam bem no Gabinete do Dr. Santana Lopes, que, já na semana passada, ainda não confirmada a indigitação, ainda não tinha o Presidente da República dado qualquer sinal, já anunciava à comunicação social que estava a preparar com Dias Loureiro a nomeação dos próximos ministros.
Calma e serenidade ficariam bem, se não fosse preciso a Ministra de Estado e das Finanças, Manuela Ferreira Leite, vir dizer que estava em curso um "golpe de Estado" dentro do PSD.
Talvez calma e serenidade ficassem bem na maioria…!
Mas, sobretudo, além de calma e serenidade, Sr. Deputado, é preciso, na maioria, responsabilidade. E não é possível que, enquanto o Presidente da República não tomou decisão, um governo esteja a ser formado através das atribuições internas de um partido que já decidiu que, amanhã à noite, um vice-presidente passa a presidente e, depois, esse presidente, a seu tempo, aqui será anunciado como primeiro-ministro!…
Está tudo certo. Só faltam os portugueses, só falta o voto, só falta a responsabilidade de um compromisso eleitoral decidido pela soberania do povo.
O poder, Sr. Deputado, não é propriedade do PP e do PSD! Nem sequer coligados, imagine só! O poder é soberano no povo e é o povo que tem de tomar uma decisão.
Há dois anos, não foi Santana Lopes que se candidatou. Há dois anos, não foi proposta uma coligação do PSD com o PP. Há dois anos, não nos foi dito que o Governo sairia a meio do mandato.
E agora estamos a viver essa crise política. Ora, é sobre ela que é preciso serenidade e responsabilidade.
E volto a fazer-lhe o mesmo desafio: explique-nos por que é que a solução que todos os portugueses estão a discutir e que os senhores já sabem, já organizaram, já decidiram, não é discutida hoje aqui.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputado, o seu tempo esgotou-se.

O Orador: - Concluo, Sr. Presidente.
E explique-nos por que é que a maioria quer discutir o passado, mas não quer discutir aquilo que já está a discutir no Conselho Nacional do PSD e, se porventura chegou o aviso à sede do Largo do Caldas, também no CDS-PP.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Telmo Correia, há mais dois oradores inscritos para pedir esclarecimentos. Deseja responder já ou no fim?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): - Já, Sr. Presidente.