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5526 | I Série - Número 102 | 01 de Julho de 2004

 

E pergunta-me, de alguma forma, se nós temos saudades. Pessoalmente, acho que as saudades são coisas que usamos no fado…, noutras coisas, mas não usamos na política; o que nós, CDS, temos é muita honra e muito orgulho em ter trabalhado com um grande político ao longo de dois anos, o Dr. José Manuel Durão Barroso, que foi um grande Primeiro-Ministro e que fez coisas muito importantes para Portugal, enquanto Primeiro-Ministro.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Queria V. Ex.ª ver-nos desorganizados, mas até agora não me parece que estejamos; parece-me que estamos serenos, tranquilos, responsáveis e nada desorganizados.

O Sr. António Filipe (PCP): - Quem está de fora vê melhor!

O Orador: - E perguntou-me V. Ex.ª quem vai prestar contas. A solução que vier a ser encontrada é uma solução de continuidade e, portanto, quem presta contas é a maioria, no quadro parlamentar, isto é, quem presta contas somos nós! Nós todos que aqui estamos estamos para prestar contas, não fugimos a isso, sabemos o que fizemos, por que fizemos e por que queremos continuar!!
É tão simples como isto, não tenha quaisquer dúvidas, absolutamente nenhumas, nessa mesma matéria!!
Queria ainda dizer-lhe mais duas coisas: em primeiro lugar, V. Ex.ª disse que está muito preocupado e incomodado com vozes dissonantes que se possam ter ouvido, seja de articulistas, seja de pessoas no seio da maioria que não tenham todas a mesma opinião, inclusivamente dentro dos seus partidos.
Ora aí está algo em que eu compreendo bem a sua sensibilidade e a sua preocupação, Sr. Deputado António Filipe. Dito por si, ou pela sua bancada, é qualquer coisa que eu compreendo, pois aos senhores deve fazer-vos a maior confusão do mundo que haja partidos onde há pessoas com diferentes opiniões…! Deve ser uma coisa impensável para os senhores. Deve ser impensável! Deve ser completamente impensável!

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

Sr. Deputado António Filipe, eu compreendo-o, mas tenha a paciência de perceber que o PSD, o CDS-PP, o Partido Socialista - onde, de resto, existem as mais variadas opiniões, como sabemos, e ultimamente temos visto bastantes opiniões variadas no Partido Socialista… - são partidos democráticos. Repito: são partidos democráticos, onde não há o chefe do politburo que levanta o braço e todos os outros vão atrás, de braço no ar. Connosco não é assim!! As pessoas têm opinião, decidem, falam livremente! São partidos radicalmente democráticos.

Protestos do Deputado PCP Jerónimo de Sousa.

É a democracia, Sr. Deputado Jerónimo de Sousa! Ainda há-de convencer-se disso!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): - São uns mandões!

O Orador: - Os senhores falam muito em pânico em relação às eleições. Ora, queria devolver-lhes esse argumento. A devolução do argumento é tão simples como isto: os senhores e grande parte da oposição dizem: "Isto não pode ser. Este governo vai ser muito fraco, vai ser uma desgraça. Vai ser um governo fraquíssimo!" Ora, se a oposição tivesse a certeza de que ia ser fraco seria a própria oposição a querer o governo em vez de querer as eleições.

Vozes do PCP: - Ora essa!

O Orador: - Os senhores têm é medo que a solução seja forte porque sabem que ela pode ser forte e que a maioria é coesa a favor de uma solução forte.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr.as e Srs. Deputados, esgotámos o tempo regimentalmente permitido, conforme o artigo 76.º