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3DEJULHODE2004 5591

É que a nossa verdade é diferente da vossa. Há pouco tanto o Sr. Deputado como o Sr. Deputado Luís Carito fizeram um grande elogio ao Sr. Presidente da Entidade Reguladora da Saúde — e muito bem, porque é um grande professor da Faculdade de Medicina do Porto e credível — mas, quando ele foi nomeado, disseram que era mais um boy «laranja», que era mais alguém do aparelho partidário a ser nomeado. Esqueceu-se desse pormenor, Sr. Deputado. Agora ele passou a ser bom!…

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Muito bem! O Sr. Afonso Candal (PS): — Lá que é «laranja» é! O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Até os boys «laranjas» se indignam com esta política! O Orador: — Sr. Deputado, estas são as vossas «verdades», porque as nossas são sempre as mesmas! Mas, retomando o que estava a dizer, felizmente, os tempos são outros e a situação das listas de espe-

ra cirúrgicas alterou-se significativa e positivamente, fruto do empenho do actual Governo em debelar esta situação.

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Muito bem! O Orador: — Vamos a factos, Srs. Deputados. Em 30 de Junho de 2002, foi identificada uma lista de espera, herdada do governo do Partido Socia-

lista, composta por cerca de 123 000 cidadãos que, como referi estavam com um tempo médio de espera de cinco anos e meio.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Falta outra demonstração! O Orador: — Já lá vou! O actual Governo, para resolver esta gravíssima situação, lançou o PECLEC, o qual tinha como

objectivo resolver o problema destes cerca de 123 000 portugueses até Novembro de 2004, ou seja, durante o presente ano.

O facto é que, por mais que isso incomode a oposição, este programa saldou-se por um estrondoso êxito. A oposição fica incomodada, mas os portugueses que esperavam há cinco anos e meio têm o seu problema resolvido e a sua angústia terminou. E isto é que verdadeiramente importa.

Paralelamente a esta lista de espera, como já aqui foi referido, foi-se criando outra lista de inscritos para cirurgia desde a data do fecho da anterior lista, fruto do normal e do mais eficiente funcionamento dos serviços de saúde, o que é evidente, até porque, como se sabe, as consultas nos hospitais aumentaram cerca de 7%. Mais ainda: os 123 000 cidadãos da lista de espera anterior não se formaram em seis anos, formaram-se nos últimos anos do governo do Partido Socialista!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Muito bem! O Orador: — Portanto, o aumento foi muito maior, com mais ineficiência dos serviços de saúde do

que aconteceu agora no aumento da nova lista. O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem! O Orador: — Mas mesmo nesta nova lista as coisas processam-se, hoje em dia, de maneira bem dife-

rente do que se passava antes de 2002. E a diferença é o tempo médio de espera. É que o tempo médio de espera desta nova lista ronda os sete, oito meses, enquanto que na lista inicial era de cinco anos e meio.

Sr. Deputado Afonso Candal, faz uma enorme diferença falar em seis, sete ou oito anos ou falar em seis, sete ou oito meses. Quem não vê esta diferença não está a querer que os portugueses tenham boa saúde!

O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Não têm boa fé na discussão! O Orador: — Como já referi, a verdadeira questão que releva da lista de espera não é o número de

inscritos mas, sim, o tempo que esses mesmos inscritos estão à espera. É muito mais grave ter 5000 ins-critos com um tempo médio de espera de, por exemplo, seis anos do que ter 100 000 inscritos com um tempo médio de espera de seis meses. A primeira situação é que é grave e não a segunda.