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1396 | I Série - Número 022 | 07 de Janeiro de 2005

 

O Sr. Ministro falou-nos de prazos - aliás, para se envergonhar -, dizendo-nos que os prazos foram estendidos a pedido dos responsáveis das duas comissões de inquérito. Seja assim! Então, como nos explica que, à saída de um Conselho de Ministro, tenha sido o senhor, o próprio Ministro da Presidência, a dizer: hoje à tarde vai ser anunciado… O senhor não conhecia os prazos?! Anuncia uma conclusão de um Conselho de Ministros e não conhece os prazos do que está a anunciar que vai ser entregue?! É para ser humilhado e desmentido pela Ministra da Educação, que, depois, o obriga a vir aqui, em acto de expiação de culpa?!
Se estamos numa discussão sobre prazos, podemos, naturalmente, fazê-la consigo, podemos tê-la com qualquer intermediário; mas se a discussão é sobre a razão do atraso do ano lectivo, é preciso que seja com alguém do Ministério da Educação. Eu sei que na "5 de Outubro" se costumam perder os ministros e os secretários de Estado… A Dr.ª Mariana Cascais andou perdida durante um ano; quanto à Dr.ª Maria do Carmo Seabra, parece que não se sabe dela.

O Sr. Presidente (António Filipe): - Sr. Deputado, o seu tempo esgotou-se. Queira terminar.

O Orador: - Concluo já, Sr. Presidente.
Mas, Sr. Ministro, a discussão é só para saber por que é que o ano lectivo começou atrasado. Se tiver uma palavra a dizer-nos sobre isto, então, daremos início à discussão política, porque saberemos o que o Governo pensa sobre um problema que os portugueses querem resolver, e nós, pelo menos, também queremos.

O Sr. Presidente (António Filipe): - Srs. Deputados, o Sr. Ministro de Estado e da Presidência informou a Mesa que tenciona responder, no fim, a todos os pedidos de esclarecimento.
Tem agora a palavra o Sr. Deputado Gonçalo Capitão para pedir esclarecimentos.

O Sr. Gonçalo Capitão (PSD): - Sr. Presidente, começo por saudá-lo também em nome do Partido Social Democrata por estar a desempenhar estas funções, o que vemos com muito agrado e muito respeito.

O Sr. Presidente (António Filipe): - Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Orador: - Em segundo lugar, quero agradecer (compreendam que o faça) ao meu Grupo Parlamentar a honra que me concede ao proporcionar-me esta intervenção.
Em terceiro lugar, quero dizer ao Sr. Deputado Francisco Louçã,…

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Diga!

O Orador: - … que (e permita-me a liberdade do termo) se meteu com o Deputado Luís Marques Guedes dizendo-lhe que estava com fulgor para fazer intervenção por, pelos vistos, ter entrado nas listas, que sou daqueles que, no Conselho Nacional do meu partido - e respeito a decisão -, por acaso não fiquei nas listas, mas nem por isso me sinto minimamente diminuído para defender este Governo e este Primeiro-Ministro, com toda a honra e toda a clareza.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - E é disto que vou tratar no pedido de esclarecimento ao Sr. Ministro.

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Não precisa de se humilhar!

O Orador: - Não é humilhação alguma! É muita honra!
Sr. Ministro, o PSD foi o primeiro partido a dizer que isto correu mal. Correu de facto mal este concurso de colocação de professores.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): - Foi o primeiro?! Esteve muito desatento!

O Orador: - Se, do ponto de vista político, alguma coisa correu mal, talvez tenha havido um pouco de voluntarismo, mas preferimos aqueles que tentam resolver problemas, aqueles que tentam fazer reformas, do que aqueles que nada fazem e que ficam pelo diálogo serôdio…