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1429 | I Série - Número 023 | 27 de Janeiro de 2005

 

continuassem?
Sr. Presidente e Srs. Deputados, permitam-me que, com muita calma, relembre certos pormenores do que aconteceu há muito pouco tempo.
Em 22 de Dezembro de 2001, já o governo do Partido Socialista estava em gestão, a Lusa dava conta que "as concessões de auto-estradas e do metro sul do Tejo que se encontram em curso vão ser adjudicadas no âmbito da normal gestão de assuntos correntes do Governo".
Acusado de estar a fazer campanha eleitoral, disse então Vieira da Silva que "o País tem de continuar a funcionar". Tratava-se de concessões pelo prazo de 30 anos!
Sucede, porém, que o Sr. Deputado criticou anúncios de cerimónias e inaugurações levadas a efeito pelo actual Governo, pelo que deitei mão a uma notícia posterior à que acabei de citar, esta datada de 24 Fevereiro de 2002, mais de três meses depois de o então governo do Partido Socialista estar demissionário.
Naquela altura, eis, por exemplo, o que se passava em Montemor-o-Novo: "Em clima de festa, e com a presença de centenas de populares, muitos deles agricultores, foi hoje inaugurada a barragem (…)" - V. Ex.ª falou em "descerramento de lápides" - "(…) A lápide comemorativa da cerimónia inaugural foi descerrada pelo Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Capoulas Santos, depois de a comitiva percorrer a pé mais de 1 km (…)".

Risos do PSD e do CDS-PP.

Mais adiante dizia a notícia: "Sob um sol primaveril, também não faltou uma banda de música…" - faltava a banda de música! -…

Risos do PSD e do CDS-PP.

"… antes de S. Ex.ª o Ministro se congratular pela construção de um sonho. No seu discurso, Capoulas Santos evocou a herança do governo demissionário do PS, sem deixar de fazer comparações com a anterior governação social-democrata. Entre os participantes da cerimónia, contavam-se SS. Ex.as os Secretários de Estado do Desenvolvimento Rural, Vítor Barros, Adjunto do Ministro da Administração Interna (…)", etc.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Portanto, quando fala em falta de ética, V. Ex.ª é que devia ter a memória suficiente para não fazer ao Governo uma acusação como a que fez.
Quanto às nomeações, Sr. Deputado, por pudor, não falo; dou por reproduzidas as palavras do Sr. Deputado Guilherme Silva.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): - Sr. Presidente, Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, percebe-se por que é que o Governo não quis que este fosse o ponto essencial do debate nesta reunião da Comissão Permanente…
Aliás, percebe-se por que é que a maioria, em vez de cumprir o Regimento, que obriga a que esta Comissão Permanente se reúna de quinze em quinze dias, anulou uma destas reuniões…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): -Mentira!

O Orador: - É porque os senhores não querem ser fiscalizados!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Isso é mentira!

O Orador: - Uma outra nota é a de que estamos aqui a fiscalizar a acção deste Governo. Por favor não se refugie nos alegados erros de governos anteriores. O senhor está aqui para responder às questões que os Deputados lhe colocam.
Ora, citei exemplos concretos, quer de visitas, quer de distribuição de subsídios, quer de assinaturas