52 | I Série - Número: 035 | 12 de Janeiro de 2007
Em segundo lugar, quero dizer ao Sr. Deputado Jorge Almeida que a sua intervenção é de uma grande ingratidão,…
Risos do PCP, do PSD e do CDS-PP.
… porque não falámos da unidose nem da promoção da prescrição — aliás, por acaso, até a referi —, dado que estão no projecto de resolução e nós estamos de acordo com ele, Sr. Deputado. O Governo é que não está de acordo e esse é que é o problema deste debate.
Aplausos do PCP.
O Sr. Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Semedo.
O Sr. João Semedo (BE): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Muito rapidamente, quero apenas dirigirme ao Sr. Deputado Jorge Almeida recomendando-lhe que guarde, poupe, economize as energias que está a gastar aqui, na polémica com quem não tem nenhuma polémica consigo, para o Sr. Ministro Correia de Campos.
Gaste as suas energias com ele, não as gaste connosco!
Risos do BE, do PSD, do PCP, do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Pizarro.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Vem aí o pronto-socorro!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É um genérico!
O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Sr. Presidente, verifico, com alegria, a satisfação da generalidade das bancadas da oposição com a intervenção do Partido Socialista.
Porém , quero dizer, claramente, que, de facto, o que se passa com a actual política de medicamentos é que o Governo do PS pode falar de resultados. E os resultados concretos são que, em 2006, ao contrário de tudo o que aconteceu nas três décadas anteriores, a despesa pública e a despesa das famílias com medicamentos comprados nas farmácias, em ambulatório, em Portugal, decresceu, e decresceu algures entre 1,5% e 2%.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Falso!
O Orador: — As contas finais não estão feitas, mas decresceu! Decresceu a despesa pública e, realço uma vez mais, decresceu a despesa das famílias com medicamentos.
Vozes do PSD: — Não é verdade!
O Orador: — Estes é que são os factos! Pode tentar-se fazer atoardas a este respeito, mas não se pode negar a evidência dos factos!
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Isso é verdade!
O Orador: — Mas quero dizer ainda uma outra coisa. De facto, a bancada do PS orgulha-se da autonomia com que apoia o Governo…
Aplausos do PS.
Vozes do PSD, do PCP e do CDS-PP: — Ah!
O Orador: — … e, ao contrário de outras bancadas que representam partidos que ainda há pouco tempo estiveram no governo, não precisa da autorização de nenhuma corporação para promover a sua própria política do medicamento.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, está concluído este debate e, assim, os nossos trabalhos chegaram ao fim.