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22 | I Série - Número: 051 | 22 de Fevereiro de 2007

todo o seu território, tornando-se um espaço cada vez mais vivo, e que nunca, mas mesmo nunca, seja região de arqueologia recente e laboratório da História de como despovoar uma região.
Porque ainda é tempo, e uma vez que «o tempo não é mais do que o rio onde vou pescar», tenho esperança de que o Governo reconheça que o Minho e o Lima são rios onde se pode «pescar» muito desenvolvimento, muita felicidade, para além das trutas, das lampreias e do sável. É porque cada serviço que fecha, cada investimento que é adiado, cada novo sinal de marginalização e de esquecimento é mais um contributo para a saída de pessoas daquela região; região que se não fosse a emigração teria, hoje, um dos maiores índices de desemprego do País.
O apelo que deixo, nomeadamente ao Partido Socialista, é o de que não deixem do Alto Minho «fechar», de que não «fechem» o Alto Minho.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Fão.

O Sr. Jorge Fão (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Abel Baptista, já é a segunda vez que, naturalmente de uma forma legítima, traz a esta Assembleia uma intervenção de interesse político frisando exactamente as questões relacionadas com o distrito de Viana do Castelo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Há cada vez mais fechos!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Da primeira vez resultou em nada!

O Orador: — Da primeira vez ouvi-o, mas não retorqui porque pensei, sinceramente, que seria um momento menos feliz da sua parte; naturalmente legítimo, mas menos feliz, e explico porquê menos feliz.
Não sei se o Sr. Deputado, nos seus hobbies, tem, porventura, o hábito de pintar, mas se, por acaso, tem o hábito de pintar, sinceramente lhe digo, convém diversificar um pouco a paleta das suas cores, porque, no Alto Minho, o distrito de Viana do Castelo é garrido, tem vida, tem problemas, mas também potencialidades.

Protestos do Deputado do CDS-PP Nuno Magalhães.

E aquilo que o Sr. Deputado traz a esta Assembleia é uma imagem negativa, é uma «cor negra», é qualquer coisa de catastrofista, que, efectivamente, não se verifica no nosso distrito! E o senhor sabe bem disso! Sabe que essa não é a realidade!

Protestos do PSD.

Portanto, quando faz esta intervenção, com este espírito de alguma maneira miserabilista e passando a imagem de existência de um atraso completo daquele distrito, de um abandono completo em relação ao investimento público e ao desenvolvimento,…

O Sr. Pedro Duarte (PSD): — É a verdade!

O Orador: — … parece-me, fundamentalmente, que o Sr. Deputado presta aqui um mau serviço à nossa região.
O distrito de Viana do Castelo necessita que em conjunto reunamos esforços, naturalmente com visões críticas, com pensamentos discordantes, mas com um pensamento positivo e optimista, no sentido de encontrarmos soluções para os seus problemas.
Sr. Deputado, sinceramente, aquilo a que se dedica ultimamente é a fazer aquele papel do «bombeiro disfarçado» - enfim, nesta sua última intervenção, talvez sejam influências do Carnaval… –, que no fundo mais não é do que um «pirómano» político,…

Vozes do PSD: — Eh lá!…

O Orador: — … andando atrás de tudo quanto é conflito e problema, para pegar fogo àquilo que não corresponde à realidade.

Aplausos do PS.

Queria dizer-lhe que não é esse o cenário do distrito de Viana do Castelo.