O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 | I Série - Número: 054 | 1 de Março de 2007

criminalidade é cada vez mais sofisticada e serviços de informação credíveis são absolutamente essenciais para ajudar a este combate!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Tudo isto sem esquecer, naturalmente, a motivação dos agentes e dos militares das forças de segurança, componente fundamental para o sucesso de qualquer reestruturação.
Espero, portanto, em síntese, que esta reestruturação seja feita com mais inteligência, com mais sensatez e com menos disparates do que a recente reestruturação dos serviços de urgência de saúde em Portugal.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

A segurança é essencial, como o Sr. Primeiro-Ministro disse, mas os portugueses estão hoje ainda mais preocupados com a economia, com a saúde e com o emprego, até porque uma má economia e um aumento do desemprego contribuem sempre para o aumento da insegurança e da criminalidade.
Ora, ao fim de dois anos os portugueses já não querem anúncios ou promessas, mas, sim, resultados. Ao fim de dois anos, o que os portugueses vêem nestes domínios são maus resultados, desde logo, na economia.
Portugal teve, em 2006, um crescimento económico que corresponde a menos de metade do crescimento da União Europeia e que equivale a um terço do crescimento da nossa vizinha Espanha. Tivemos o pior crescimento económico de toda a União Europeia. Repito: tivemos o pior crescimento económico de toda a União Europeia! Em resumo, estamos mais longe da Europa e, assim, os portugueses estão a perder.
Tivemos maus resultados em matéria de investimento. Há sete trimestres consecutivos que o investimento, em Portugal, está a cair. Há 21 meses consecutivos que está a baixar! Há um ano, precisamente há um ano, o Sr. Primeiro-Ministro e o seu «insubstituível» Ministro da Economia anunciaram com toda a pompa ao País 23 novos grandes investimentos. Um ano depois, feitas as contas, só três é que estão concretizados e 20 estão por realizar. Isto é, 86% dos investimentos que o senhor prometeu estão por cumprir. Isto é um fiasco! Assim não se cria riqueza!

Aplausos do PSD.

Maus resultados nestes dois anos tem o País no que ao poder de compra das famílias diz respeito. O poder de compra dos portugueses baixou nestes dois anos 4,7% — e estes são números oficiais — em relação à média europeia. Tal significa que o nível de vida dos portugueses está mais longe do nível de vida dos europeus. Na comparação com os europeus, os portugueses estão mais pobres. Esta é a realidade que afecta todo o País.
Maus resultados também são os que se observam no domínio da saúde. A saúde está hoje pior do que estava, está mais cara, está mais difícil e está mais distante das pessoas!

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É verdade!

O Orador: — É quase óbvio e natural! Mais um exemplo a acrescentar aos que têm sido dados é o dos medicamentos. Nestes dois anos, e mais uma vez recorrendo a números oficiais, constato que os medicamentos aumentaram de preço 6,6%. Tal afecta toda a gente, mas quem mais sofre com esta situação são os idosos, os pensionistas e os reformados. Assim não se faz justiça social!

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Muito bem!

O Orador: — Finalmente, Sr. Primeiro-Ministro, maus resultados são, sobretudo, os do domínio do desemprego. Esta é a factura mais pesada da política que o senhor tem conduzido ao longo destes dois anos.
O desemprego está a subir em Portugal e este é um fenómeno muito preocupante. É mesmo dos mais preocupantes. Há dois anos o senhor fez a grande promessa de criar 150 000 novos postos de trabalho. Pois bem, a taxa de desemprego não estagnou nem diminuiu: subiu para 8,2%, de acordo com os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística! Feitas as contas, em dois anos houve 73 novos desempregados por dia! E que dizer do último trimestre de 2006, que, há um mês atrás, o senhor se mostrava muito curioso em conhecer? No último trimestre do ano que passou houve 41 000 novos portugueses a caírem no desemprego.

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Exacto!