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11 | I Série - Número: 054 | 1 de Março de 2007

Isto é indispensável, porque a rede de urgências não oferece hoje nem qualidade, nem segurança, nem equidade no acesso. E um dos principais traços desta reforma é, em primeiro lugar, o de garantir a todos os portugueses (o que não existe hoje) acesso a uma urgência, em menos de 60 minutos. Mas que essa seja uma verdadeira urgência, e não uma urgência a fingir!

Aplausos do PS.

O que tem sido esquecido noutras reformas é aquilo que este Governo pretende fazer, ou seja, abrir 25 novos serviços de urgência, que sejam verdadeiras urgências, tecnicamente tipificadas!

O Sr. José Junqueiro (PS): — Exactamente!

O Orador: — Dois terços destas novas urgências estarão localizadas no interior do País, porque justamente essa é a área que, a este nível, mais abandonada tem estado nos últimos anos.

Aplausos do PS.

Mas, se o Sr. Deputado me permite, gostaria agora de lhe avivar a memória.

Vozes do PSD: — Ahhh…!

O Orador: — Penso que é absolutamente inacreditável que o PSD se oponha a esta reforma. Aliás, Sr. Deputado, gostaria de citá-lo, numa moção de estratégia que o senhor propôs ao seu partido e que, julgo, foi aceite e aprovada.

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Ah, leu?!

O Orador: — Tenho aqui a moção de estratégia de Luís Marques Mendes, militante n.º 1893. E o que diz o militante Luís Marques Mendes?

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — É bom ler! É bom!

O Orador: — Diz assim: «No plano das urgências…» — ouçam bem, Srs. Deputados — «… é imperiosa a reformulação do seu funcionamento». Mais: «(…) bem como o redimensionamento da actual rede de serviços de urgência».

Aplausos do PSD.

Isto é, há um ano atrás, o Sr. Deputado entendia que era imperioso reformar a rede de urgências, mas agora acha que o Governo anda mal em reformar a rede de urgências!

Aplausos do PS.

Protestos do Deputado do PSD Luís Marques Mendes.

É assim é, Sr. Deputado! Olhe, Sr. Deputado, é a tradicional postura: é preciso mudar? «Sim!!» Apoia a mudança? «Não, isso não!!»…

Risos do PS.

Isso deve ser feito? «Sim, deve ser feito!» Então vamos fazê-lo? «Não, isso não, não vamos fazê-lo!!»…

Aplausos do PS.

Sr. Deputado, diga-me com franqueza: o Sr. Deputado não sente que vai aqui um pouco de incoerência? O Sr. Deputado acha que isto é que é liderar? Não, Sr. Deputado. O problema é esse! O problema é que o Sr. Deputado não lidera! O Sr. Deputado apenas vai a reboque! O Sr. Deputado «segue»... «Há contestação? Então lá estou eu, ao lado dos contestatários».

Aplausos do PS.

Ora, a isso não se chama liderar. A isso chama-se, Sr. Deputado, «andar atrás», «ir a reboque»!!