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14 | I Série - Número: 072 | 19 de Abril de 2007

naquela posição «Bom, os outros que vão primeiro… Nós temos de ficar, natural e tradicionalmente, na cauda de tudo»…!

Vozes do CDS-PP: — Exactamente!

A Oradora: — Mas por que é que há-de ser assim? E, sobretudo, na área da saúde?!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

Protestos do Deputado do PS Manuel Pizarro.

A Oradora: — Eu percebo-o, Sr. Deputado…! O Sr. Deputado não quer dizer, mas nós percebemos qual é o problema do Grupo Parlamentar do Partido Socialista: é que recebeu indicações do Ministério da Saúde, dizendo que não era para aprovar porque é muito caro!

Vozes do CDS-PP: — Claro!

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Ohhh!…

A Oradora: — Porque, de facto, é caro. Agora, o que os senhores não conseguem explicar é: se é caro para o Ministério, por que é que não é caro para as raparigas e para as mulheres portuguesas?

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Ohhh!…

A Oradora: — É isso que os senhores não conseguem explicar!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Oradora: — E, mais, os senhores não conseguem, sequer, dar uma alternativa e dizer assim: «Bom, introduzir imediatamente no Plano Nacional de Vacinação, talvez seja um pouco precipitado, mas vamos avaliar, vamos pedir estudos no sentido de saber em que medida é que o Estado poderá cofinanciar, visto que até ao momento não há qualquer tipo de co-financiamento ou uma comparticipação progressiva ou a introdução no Plano Nacional de Vacinação para raparigas até uma determinada idade.»

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Mas isso é um processo de intenções!

A Oradora: — Não! Os senhores limitam-se a dizer: «Não há estudos, não sabemos qual é a capacidade de duração desta vacina e, portanto, rejeitamos liminarmente!»

Vozes do CDS-PP: — É lamentável!

A Oradora: — E o que é lamentável, em nosso entender, Sr. Deputado, e não podem negar, é a enorme injustiça que está inerente ao facto de uma vacina tão cara só poder ser acessível a pessoas com mais recursos financeiros…

Vozes do CDS-PP: — Exactamente!

A Oradora: — … e que as pessoas com menos recursos estejam automaticamente condenadas a poderem vir a sofrer deste tipo de cancro! Portanto, Srs. Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, apelo a que tentem, por uma vez, não respeitar de forma cega as preocupações economicistas…

Protestos do Deputado do PS Manuel Pizarro.

Ó Sr. Deputado, repare: o que seria se, agora, houvesse uma decisão de retirar do Plano Nacional de Vacinação algumas vacinas que já estão introduzidas?! Vou dar-lhe outro exemplo: a terapêutica aplicada aos doentes com HIV-Sida é muito onerosa, é muito cara, mas não vos passará pela cabeça, certamente, defender que o Estado não assuma o financiamento desse tratamento!