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8 | I Série - Número: 092 | 8 de Junho de 2007

Vozes do PS: — Ah!

O Orador: — O resultado dessa governação é, do ponto de vista económico, preocupante e, do ponto de vista social, inquietante. A nosso ver, chegou a hora, porque estamos exactamente a meio da Legislatura, de fazer um balanço objectivo.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Por outro lado, não deixamos, como é nosso dever, de assinalar as contradições entre o prometido e o cumprido, entre o dito e o feito e, em certo sentido, entre «o Eng.º José Sócrates da publicidade» e «o Eng.º José Sócrates da realidade».

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Muito bem!

O Orador: — Porque V. Ex.ª já é Primeiro-Ministro há mais de dois anos, porque já tinha estado noutro governo com um consulado largo e porque, de quando em vez, mostra teimosia relativamente à aceitação de opiniões críticas face à sua acção, entendemos que é nosso dever alertar a sua consciência e contribuir para que o Governo abra os olhos relativamente à situação objectiva em que o País se encontra. A economia não está e o social mudou para pior!!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Tentaremos ser construtivos distinguindo o que é conjuntural do que é estrutural, o que é competência nacional do que não o é e o que podemos fazer para trilhar um caminho diferente que não nos deixe como estamos.
Digo-lhe isto com o à-vontade de quem publicamente, desde que V. Ex.ª é Primeiro-Ministro, procurou ser justo relativamente ao ímpeto reformista com que o senhor entrou em funções, de quem nunca deixou de reconhecer méritos em medidas ou reformas que V. Ex.ª anunciou (mais do que realizou) e de quem não tenciona ser — nem hoje nem no futuro — oposição corporativa e mero reflexo de todo e qualquer protesto.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Vamos, por isso, aos factos que penso que o devem preocupar a si, Sr. Primeiro-Ministro, e a nós.
Primeiro facto: o poder de compra teve, em Portugal, a maior baixa desde 1984. Para encontrar um resultado tão sombrio, a queda de um ponto num só ano, seria preciso recuar 22 anos.
Em conclusão: até agora, consigo no Governo, os portugueses empobreceram!! Segundo facto: desde que V. Ex.ª assumiu o cargo, Sr. Primeiro-Ministro, o indicador de poupança caiu de forma dramática. Quando o senhor chegou à liderança do Governo, a poupança média por português era de cerca de 490€. Hoje desceu para cerca de 260€.
Em conclusão: consigo no Governo, os portugueses poupam cada vez menos — a nosso ver, porque têm cada vez menos margem para poupar!!

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Orador: — Terceiro facto: o Sr. Primeiro-Ministro poderia argumentar, salientando uma realidade que seria em parte virtuosa, que os portugueses poupam menos porque consomem mais. Só que nem essa verificação parcialmente virtuosa se revela verdadeira. Neste ano de 2007, já houve sinais claros de que o indicador do consumo privado caiu, a par, aliás, do da confiança.
Em conclusão, Sr. Primeiro-Ministro: consigo, os portugueses poupam menos e consomem menos pela simples razão de não terem por onde poupar e de não terem por onde gastar!!

Aplausos do CDS-PP.

Quarto facto: sendo V. Ex.ª socialista, Sr. Primeiro-Ministro,…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso não é bem assim! Essa declaração é um pouco exagerada!

O Orador: — … reconheço que é natural — faz parte do seu ADN e está no código genético do socialismo enquanto ideia — aumentar a pressão fiscal.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — É verdade!