15 | I Série - Número: 096 | 21 de Junho de 2007
cional para Portugal, ainda que localizado na região-motor de Portugal, que é Lisboa.
Dizem também que a Ota não tem possibilidade de expansão. Mas qual é a necessidade de expansão para além da que é previsível que exista na Ota e que são os 40 ou 50 milhões de passageiros por ano?
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — São os técnicos que o dizem!
O Orador: — Mas quais técnicos? Há outros técnicos que dizem o contrário. É estranho! Bastante estranho!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP: — Por isso é preciso estudar!
O Orador: — Dizem, ainda, que implica o encerramento compulsivo da Portela. Mas será que a Portela não estará esgotada em 2017, data previsível da abertura da Ota? Estará com certeza esgotada.
Dizem, igualmente, que qualquer outra das soluções alternativas à Ota é mais barata, mais segura e mais eficaz. Resta provar se é mais eficaz, porque não se trata de escolher a mais barata mas a mais competitiva, aquela que fará Portugal manter-se como uma porta aberta para a Europa, para África, para a América, e não reforçar o seu estado periférico. Isso, sim, é importante para Portugal e não tem o preço somente atribuído pelo custo de uma infra-estrutura aeroportuária.
Vozes do PS: — Muito bem!
A Oradora: — Vamos consultar todos, dizem. Pergunto: quantas entidades? Quantos estudos? Durante quantos anos? Esgotamos o actual aeroporto e só depois partimos para a construção do novo aeroporto? E os custos que isso terá?
O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Esta intervenção é a «cara» da Ota: não se percebe nada!
A Oradora: — E a inevitável perda de competitividade que Portugal terá nessa altura?
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — O aeroporto não fecha!
A Oradora: — Claro que fecha! Porque se, em 2017, a Portela estiver esgotada e o novo aeroporto não estiver construído, porque perdemos anos a fazer estudos de localizações hipotéticas, repetindo até aquelas que já estão estudadas, digo de novo, repetindo até aquelas que já estão estudadas, como é o caso da «Portela+1», qual é a vantagem? Nenhuma!
Protestos do CDS-PP.
Srs. Deputados, são estas as minhas grandes dúvidas.
Como é que, de repente, para o PSD a Ota é um problema quando até 2004 não existia quando se candidataram e a «decisão Van Miert» deriva da vossa proposta? É esta a minha grande dúvida.
Aplausos do PS.
O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — O problema é para o PS!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Marques Guedes.
O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Irene Veloso, costumam dizer os portugueses que «o maior cego é aquele que não quer ver». Parece que o Governo já viu pelo menos há uma semana. Estamos é para saber quando é que a Sr.ª Deputada e a sua bancada vão conseguir perceber o que está a passar-se!?
O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Não está fácil!
O Orador: — O que se está a passar, Sr.ª Deputada, é que, ao longo dos últimos meses, muito por força da persistência e da insistência do Partido Social Democrata, a questão da Ota foi sendo sucessivamente colocada ao Sr. Primeiro-Ministro, nomeadamente nesta Câmara, nos debates mensais, aos