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17 | I Série - Número: 096 | 21 de Junho de 2007

na miséria, pois se levamos 10 anos a construir um novo aeroporto com certeza que temos de o prever com, pelo menos, 15 anos de antecedência. Esta é uma questão central.
O Sr. Deputado Telmo Correia elencou (aliás, já o tinha feito), com alguma razoabilidade, os custos que não estão contabilizados nas soluções apontadas para o novo aeroporto de Lisboa. Mas esqueceuse de referir os enormes custos da não construção de um novo aeroporto para Portugal, de um novo aeroporto para a grande região de Lisboa. Mas julgo que ainda está a tempo de o fazer neste debate.
Sr. Deputado Telmo Correia, com o máximo respeito pelo debate que nos apresentou, entendo que, perante o Sr. Presidente e as Sr.as e os Srs. Deputados, como o Sr. Deputado disse, é necessário falarmos claro sobre as coisas importantes que têm a ver com a nossa Portela, que nos serviu durante dezenas de anos.
A Portela, como qualquer aeroporto, tem problemas relacionados com o espaço aéreo, com o território onde se implanta e com as áreas envolventes.
O actual aeroporto está, como bem sabe (aliás, já o disse), completamente envolvido pela estrutura urbana e por isso impedido de qualquer tipo de alargamento. A sua estrutura de pistas cruzadas traduzse, em termos operacionais, numa pista única, não tendo qualquer hipótese de acréscimo.
A solução que nos é apontada é a da «Portela+1», tendo nós ficado a saber, no final da sua intervenção, que o «+1» era o Montijo.
Estamos completamente reduzidos no sistema de circulação de aeronaves no nosso aeroporto. As pistas e caminhos de circulação já servem para implantar acréscimos de outras funções absolutamente necessárias. O espaço para carga área, que, como sabe, é muito importante no mercado actual, está a ser ocupado (e tem de o ser) pela necessidade de servir passageiros.
Este é um dos poucos aeroportos que não funciona 24 horas por dia. É um aeroporto que só funciona 16 horas por dia, e bem, porque está dentro da cidade.
Todos sabemos que o ambiente sonoro, com a incomodidade que dele resulta para a população envolvente, tem sido objecto de degradação permanente.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Orador: — Além disso, existe o risco de acidente e a degradação da qualidade do ar tem sido evidente nos últimos anos.

Aplausos do PS.

Sabemos que existem outras soluções. Sabemos que a solução para que devemos apontar relativamente a um novo aeroporto para Portugal, situado na Grande Lisboa, não pode ser a do aeroporto da cidade de Lisboa, não pode ser a do aeroporto da Lisboa grande, tem de ser a do aeroporto da Grande Lisboa, de Portugal.

Aplausos do PS.

Sabemos que o aeroporto da Portela está a 60 minutos de 2,5 milhões de habitantes e está a 120 minutos de 5 milhões de habitantes. Nós queremos manter este nível. Só temos é que sair dele.
Recordo aqui (todos nós ouvimos) as palavras do nosso Primeiro-Ministro, numa resposta, julgo que a uma pergunta do Sr. Deputado Paulo Portas, em que o Sr. Primeiro-Ministro disse que gostaria muito de poder manter o aeroporto da Portela mas que era completamente inviável fazê-lo.

O Sr. António Carlos Monteiro (CDS-PP): — Sem estudos!

O Orador: — Estão aqui! Eu trouxe os estudos e posso fornecer-lhe cópias.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não são claros!

O Orador: — Em relação à solução dual apontada, «Portela+Montijo», o Sr. Deputado já apresentou aqui algumas das razões que estão apontadas nestes estudos…

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não são claros! Rebati-os um a um!

O Orador: — Afinal, conhece-os!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Não me ouviu, pois não?!

O Orador: — Dizia eu que o Sr. Deputado já apresentou aqui algumas das razões que estão aponta-