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16 | I Série - Número: 102 | 6 de Julho de 2007

normais, tendo em conta os resultados eleitorais porque, para o Partido Socialista, a quem ganha tudo se permite em matéria de escolhas e nomeações.

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Não é só isso que lá está!

O Orador: — O resto, Sr.as e Srs. Deputados, para o Partido Socialista, é barulho, é ruído da oposição. Mas não é, Sr.as e Srs. Deputados. Há muito para explicar e nós exigimos as explicações.
A directora de Vieira do Minho foi demitida por não ter instaurado um processo disciplinar ao funcionário — no caso, um médico —, que afixou uma entrevista do Ministro em comentários jocosos.

Protestos do Deputado do PS Ricardo Gonçalves.

O mesmo ministro que, na véspera, reconhecia ter tido respostas jocosas. Há palavras, Sr.as e Srs. Deputados, que matam! E o único elemento jocoso em toda esta história é, exactamente, a entrevista do Ministro que está na origem deste caso, jocosa e achincalhante para quem trabalha ou recorre ao Serviço Nacional de Saúde.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Orador: — Mas, se o caso era tão grave, está ainda por explicar porque é que não foi a sub-região, a ARS, ou o Ministro, ou a bancada do Grupo Parlamentar do PS quem fez o inquérito disciplinar à directora então demitida! Se o caso era tão grave, é isto que é preciso explicar, porque, de facto, o que se passou foi que utilizaram um pequeno pretexto para afastar uma não-socialista.
Por explicar está também a ausência de conclusões de uma inspecção, realizada a pedido do director do Centro de Saúde de Braga, agora afastado, à gestão, na altura, da responsabilidade de conhecidos militantes do PS. Por explicar estão também as pressões a que foi sujeito esse director para se demitir antes de acabar a sua comissão de serviço. Por explicar está também a sua substituição, apesar de a própria inspecção-geral ter reconhecido, elogiosamente, o seu desempenho. Por explicar estão também os critérios a que obedeceram as nomeações desses novos directores.
Em Braga, o Partido Socialista escolheu uma médica, obviamente do Partido Socialista, mas cujo currículo objectivamente desaconselhava a nomeação, por estar marcado por uma gestão controversa e conflituosa no Centro de Saúde de Póvoa do Lanhoso.

Protestos do Deputado do PS Manuel Pizarro.

Em Vieira do Minho, a razão da escolha, Sr.as e Srs. Deputados, reside na necessidade de o nomeado construir e fazer, rapidamente, o seu currículo,…

O Sr. Manuel Pizarro (PS): — Isso é calunioso!

O Orador: — … o currículo de que necessita para, oportunamente, ser nomeado para presidente do futuro agrupamento do Vale do Cávado.

Protestos do PS.

Isto mesmo, Sr.as e Srs. Deputados, nos foi dito, ontem, pelo Sr. Deputado Ricardo Gonçalves. É esse inadvertido anúncio que revela até onde chegou a confusão entre o aparelho do Partido Socialista e a Administração Pública em Braga.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Orador: — O PS acha que não há nada para explicar. E de tudo falou o Partido Socialista: falou de «bufos» que informam a oposição, da balda, da anarquia, do regabofe que se vivia num centro de saúde, falou de um doutor que mandava numa directora e de uma directora que não mandava em coisa alguma e falou também — crime dos crimes! — de uma directora que nem sequer servia para calar manifestantes em dia de visita ministerial. Tudo somado, Sr.as e Srs. Deputados, uma directora incompetente, que já devia ter sido «despachada», para usar as palavras do Sr. Deputado Ricardo Gonçalves.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Muito bem!

Protestos do PS.