93 | I Série - Número: 017 | 24 de Novembro de 2007
O défice reduziu-se, a dívida começa a descer o seu peso na economia e a economia vai intensificando a sua recuperação e a sua capacidade de criação de emprego, conforme as estatísticas do INE muito bem o têm revelado.
Face aos resultados entretanto alcançados e face à óbvia incapacidade de indicarem um rumo alternativo credível, os partidos da oposição não resistiram à tentação de acenar já aos portugueses com benesses que o País não pode nem está ainda em condições de suportar.
O Sr. Hugo Velosa (PSD): — É só em 2009!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Num total desprezo pela necessidade imperiosa de prosseguirmos com a redução do défice e do peso da despesa pública, avançaram ora com propostas que aumentam a despesa, ora com propostas de redução da receita.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E havia algumas que aumentavam receitas!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Propostas avulsas, sem coerência, contradizendo um pretenso rigor orçamental que não tiveram no passado e que visivelmente ainda não têm.
Protestos do Deputado do PCP Honório Novo.
Optaram por esconder o seu deserto de soluções alternativas por detrás de propostas sedutoras às suas clientelas políticas.
Aplausos do PS.
Tenho consciência do esforço que todos os portugueses fazem no seu dia-a-dia para melhorarem as suas condições de vida.
Vozes do PSD: — Vê-se!
O Sr. Honório Novo (PCP): — Peço desculpa, mas não tem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Tenho consciência dos desafios que os nossos empresários enfrentam e dos riscos que têm de correr. Mas ficaria com má consciência se lhes escondesse a necessidade que todos temos de prosseguir no rumo já iniciado; ficaria com má consciência se lhes desse a ilusão de facilidades inviáveis ou insustentáveis.
O Sr. Honório Novo (PCP): — As verdades doem!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Construir um futuro melhor exige esforço, realismo e perseverança. É isso que estamos a fazer e é por isso que me recuso a enganar os portugueses com promessas fáceis e populistas.
Aplausos do PS.
Sr.as e Srs. Deputados: A oposição perdeu claramente o debate deste Orçamento.
Vozes do PSD: — Ah!
O Sr. Honório Novo (PCP): — Isto não é um jogo de futebol, é muito mais grave!