9 | I Série - Número: 028 | 20 de Dezembro de 2007
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Faça favor de concluir, Sr.ª Deputada. Terminou o seu tempo.
A Sr.ª Aldemira Pinho (PS): — Não vou tecer considerações sobre as urgências. Quero só dizer-lhe que os senhores estiveram três anos no Governo e nada fizeram para alterar esta situação e, portanto, actualmente, as urgências não estão em pior situação do que estavam e até há um processo em curso para melhorar os serviços.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Pereira da Costa, dispondo de 3 minutos.
O Sr. José Pereira da Costa (PSD): — Sr. Presidente, vou responder, em primeiro lugar, ao Sr. Deputado Pedro Mota Soares, a quem agradeço a pergunta que me formulou. Pouco mais lhe posso dizer para além de que comungo das suas preocupações, pois penso que vai sendo tempo de o Governo e o Partido Socialista nos fornecerem os números sobre as listas de espera nas diversas especialidades da saúde, mas, fundamentalmente, de nos darem uma explicação em matéria financeira, depois daquele «surpreendente» relatório do Tribunal de Contas sobre a saúde.
Portanto, comungo da sua preocupação, à qual acresço apenas a parte financeira e ficarei, tal como o Sr. Deputado, na expectativa de que, logo que seja possível, o Governo nos satisfaça esta curiosidade.
Quanto à Sr.ª Deputada Aldemira Pinto, deixe-me dizer, em primeiro lugar, que também fico satisfeito por lhe ter proporcionado a satisfação por me ter ouvido. Sou Deputado do Algarve eleito nas últimas eleições legislativas e, nessa matéria, não tenho qualquer tipo de complexos, pois tenho cumprido escrupulosamente, como os Srs. Deputados sabem, a minha obrigação como Deputado. Não me lembro, aliás, de ver, nesta Legislatura, muitos Srs. Deputados eleitos pelo Algarve a fazerem qualquer tipo de declaração política.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. José Pereira da Costa (PSD): — Todavia, registo que V. Ex.ª utilizou — admito que precipitadamente — o termo fait divers para se referir à necessidade de construção do hospital central do Algarve. Sr.ª Deputada Aldemira Pinho, o Partido Socialista e os algarvios que nos escutam registam isto: pode ser um fait divers, mas para nós não é!!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!
O Sr. José Pereira da Costa (PSD): — Para nós o hospital central do Algarve é um assunto da maior responsabilidade e, contrariamente àquilo que a Sr.ª Deputada disse, não é verdade que o PSD nada tenha feito durante os três anos que esteve no governo… Aliás, recordo — e é uma mera curiosidade, um mero apontamento — que o Partido Socialista, não tarda muito, também já está há três anos no Governo e nesta matéria fez zero! Absolutamente nada!!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!
O Sr. José Pereira da Costa (PSD): — Na verdade, e mais uma vez, enquanto para os outros hospitais, como Cascais e Braga, no PIDDAC e no relatório do Orçamento do Estado para 2008, estão previstas essas verbas, para a construção do hospital central do Algarve a verba inscrita continua a ser zero. E essa foi uma das principais «bandeiras» políticas de VV. Ex.as durante a campanha eleitoral de 2005!!! Assim é fácil: ganhar eleições a prometer hospitais centrais no Algarve, a dizer que não há SCUT e depois a pôr SCUT, a dizer que não aumentam os impostos e depois a aumentá-los, a dizer que não há taxas moderadoras e depois a aplicar taxas moderadoras… Assim, como diz o outro, também eu ganho eleições!!
Aplausos do PSD.
Portanto, registo que V. Ex.ª confirma que o Partido Socialista, nesta matéria, continua a fazer «zero». O hospital central do Algarve, apesar das responsabilidades que VV. Ex.as assumiram, e que nós deixámos pronto para ser iniciado, VV. Ex.as pararam e meteram na gaveta. Esta é que é a verdade!
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado José Soeiro.