11 | I Série - Número: 041 | 31 de Janeiro de 2008
Aplausos do PSD.
Ficámos a saber que, depois de tudo o que aconteceu, foi o Sr. Ministro da Saúde que decidiu quando e como sair. E, uma vez que a iniciativa foi dos Ministros, gostaria de colocar outra questão, que é a de saber se a substituição e a entrada da nova Ministra da Saúde, a quem desejamos sucesso, assim como ao novo Ministro da Cultura, significam alguma mudança, alguma reponderação na política que está a ser seguida ou se tenciona mantê-la exactamente na mesma.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado, desculpe que lhe diga, mas é talvez o Deputado que nesta Casa tem menos moral para falar em ortodoxia de remodelações!
Aplausos do PS.
Protestos do PSD.
Parece que não gostaram, por isso vou repetir: o Sr. Deputado é talvez aquele que menos moral tem para falar em ortodoxias de remodelações, porque nunca aconteceu, com este Governo, fazer duas remodelações em quatro dias. Isso nunca aconteceu, e o Sr. Deputado sabe bem ao que me refiro» Sr. Deputado, esta remodelação tem como objectivo fundamental o de reforçar a confiança dos cidadãos no Serviço Nacional de Saúde e tenho bem consciência de que o nosso Serviço Nacional de Saúde precisa de mudanças e de reformas nos cuidados primários de saúde, com as unidades de saúde familiares que estamos a empreender, e isso está a correr muito bem, porque, hoje, mais de 150 000 portugueses têm acesso a médico de família, que era algo que não acontecia antes.
Nos cuidados continuados para idosos, temos, hoje, 2250 camas já contratualizadas, e isso permite não só servir melhor os idosos mas também libertar os nossos hospitais para que estes prestem melhores serviços.
Não sou indiferente à consequência da reforma dos nossos serviços hospitalares e, em nome dela, o Ministro da Saúde chegou à conclusão, tal como eu, de que a sua permanência no Governo poderia comprometer esses desenvolvimentos e pôr em causa aquilo de que nenhum político responsável pode abdicar, que é a confiança do cidadão no seu Serviço Nacional de Saúde.
Aplausos do PS.
O Sr. Ministro da Saúde comportou-se com a grandeza de um político que é o reconhecer que a sua saída do Governo podia ajudar a que a reforma se faça com confiança dos cidadãos. Por isso, gostaria de agradecer-lhe pessoalmente o serviço que prestou e a grandeza que teve, neste momento.
Aplausos do PS.
Mas o que é espantoso, Sr. Deputado, é o nível de demagogia, pois, ao longo dos últimos dias foram aproveitados todos os episódios para combater essa reforma, associando-os a uma alteração sem qualquer justificação. Mas pior do que isso é aproveitar esses episódios para pôr em causa o nosso Serviço Nacional de Saúde e até o nosso Instituto Nacional de Emergência Médica.
A prioridade da política de saúde será reforçar essa confiança, essa credibilidade e o que vamos fazer é executar todas as alternativas, reforçando as respostas, para que as mudanças a empreender tenham a adesão, a confiança e a segurança das pessoas.
Aplausos do PS.