O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

8 | I Série - Número: 055 | 6 de Março de 2008

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Importa, por isso, hoje, recordar um debate ocorrido aqui, no último mês de Dezembro, um debate mensal com o Primeiro-Ministro. Então, o Presidente do CDS, Paulo Portas, dizia: «Sr. Primeiro-Ministro, considero que o senhor cometeu um erro, no dia 28 de Janeiro deste ano, quando afirmou que, em 2008 e 2009, não haveria admissões na PSP e na GNR. É hoje claro que a sua política de recursos humanos nas forças de segurança significará que, no final da Legislatura, teremos menos efectivos na GNR e na PSP. Pergunto-lhe: mantém a irresponsabilidade de não fazer admissões na PSP e na GNR, quando manifestamente há mais crimes, mais violentos e mais organizados?».
Sr.as e Srs. Deputados, o Sr. Primeiro-Ministro não respondeu à pergunta — e isso não é qualquer novidade, é o seu hábito! —, mas não deixou — como também é seu infeliz hábito!... — de apelidar esta pergunta de «irresponsável, demagógica e descarada».
Hoje, e depois deste anúncio do Sr. Ministro da Administração Interna, de duas, uma: ou o Sr. PrimeiroMinistro pede desculpa ao CDS e ao País, ou ficamos a saber que irresponsável, demagógica e descarada é a sua política de segurança!!

Aplausos do CDS-PP.

Para finalizar, diremos que, da nossa parte, coerentemente, mantemos a nossa palavra e continuaremos a denunciar a errada política de segurança, apresentando propostas, no sentido de criar um sistema de segurança nacional com mais polícia, mais motivada, mais forte e, sobretudo, com mais autoridade.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Inscreveram-se dois Srs. Deputados para pedir esclarecimentos.
O primeiro é o Sr. Deputado Ricardo Rodrigues, a quem dou a palavra.

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, registámos a sua intervenção. Trouxe-nos aqui uma «profecia do dia seguinte». O CDS passou a ser o partido que avisa — agora, temos aqui «avisos à navegação» por parte do Grupo Parlamentar do CDS…! Os acontecimentos fazem parte da nossa vida e o que gostaríamos de dizer é que o CDS está atento. De facto, reactivamente, o CDS vem responder ao programa que o Sr. Ministro da Administração Interna, hoje de manhã, apresentou ao País. Ou seja, «o CDS avisa», mas o Governo age, executa e faz!!

Aplausos do PS.

É esta a diferença: «o CDS avisa» e nós fazemos! É porque o Sr. Deputado Nuno Magalhães, enquanto membro do governo que tutelou essas áreas, podia ter-nos dito quantos polícias conseguiu trazer de novo à corporação. Olhe, Sr. Deputado, com este Governo, ainda há pouco tempo, entraram mais 1000 polícias para a PSP! Mas a pergunta que gostaria de deixar-lhe é esta: afinal, o Sr. Deputado concorda ou não com o aviso do Sr. Ministro da Administração Interna de que iria abrir concurso para a entrada de mais 2000 polícias? Se concorda, está connosco e com o Sr. Ministro; se não concorda, não percebi a sua intervenção.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Nós explicamos devagarinho para entender!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Quer dizer, nós avisamos que vamos abrir concurso e admitir mais pessoas, porque percebemos que temos um problema e que temos de reagir, e o Sr. Deputado vem dizer que, se calhar, não é muito bom encontrarmos soluções para esse problema.
Por outro lado, o Sr. Deputado devia ter estado mais atento à intervenção do Sr. Ministro, porque a «Polícia de proximidade» foi um dos programas de acção por ele anunciados. Ora, gostava de perguntar-lhe se, tendo visto qual é esse programa de acção da «Polícia de proximidade», concorda ou não com ele.