72 | I Série - Número: 063 | 27 de Março de 2008
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Já chega, já chega!
Aplausos do CDS-PP.
Ouçam, é tão simples quanto isto: se não têm respeito pelos professores, tenham respeito pelos alunos.
São os alunos que estão a sofrer com a confusão que os senhores estão a lançar sobre as escolas!!
Aplausos do CDS-PP.
Sr.ª Deputada, fez uma afirmação que, aliás, é verdadeiramente surpreendente. Disse que o PS respeita os professores — não parece nada! — e que é por isso que faz esta luta. Luta contra quem? Contra os 100 000 professores que estiveram na rua? É precisamente contra esses que querem lutar!
Protestos do PS.
Não vou perguntar-lhe se também esteve na manifestação, Sr.ª Deputada, mas o que quero perceber bem é contra quem é a luta. É uma luta porquê? É uma luta a favor de quê?
Protestos do PS.
Deveria ser a favor da escola, mas essa não é uma preocupação de VV. Ex.as
.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.
O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.
Como dizia, se fosse uma preocupação de VV. Ex.as
, nunca teriam lançado um processo confuso, burocrático e a meio do ano lectivo.
Processos como este, a serem lançados, Sr.ª Deputada, lançam-se no início do ano lectivo e com grande antecedência procede-se à divulgação dos critérios.
Não sei se V. Ex.ª, como professora, teve conhecimento dos critérios com antecedência, mas sei que a grande maioria dos professores não os conhecia e, mais grave, continua a não conhecer!
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente: — Está encerrado este ponto da ordem de trabalhos.
Vamos passar à apreciação da petição n.º 211/X (2.ª) — Apresentada pela Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), solicitando à Assembleia da República que aprove legislação que reconheça o direito à greve dos profissionais da Polícia de Segurança Pública.
Tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Quartin Graça, do Grupo Parlamentar do PSD.
O Sr. Pedro Quartin Graça (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Nunca um governo português foi tão lesivo dos direitos dos agentes da Polícia de Segurança Pública como o actual Governo do Partido Socialista.
Como é bem vincado pelos 4776 peticionantes, profissionais da PSP e autores da petição que hoje estamos a debater, o direito à greve que estes pretendem ver consagrado constitui o único meio idóneo de pressão por estes encontrado para obrigar o Governo a dialogar no que diz respeito às múltiplas reivindicações que entendem ver satisfeitas.
Ou seja, e de forma clara, o que os profissionais da PSP estão a transmitir a esta Assembleia e aos portugueses em geral é que, mais do que a consagração legal do direito à greve, com a qual o Grupo Parlamentar do PSD não concorda por razões relacionadas com a especificidade da Polícia de Segurança