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31 | I Série - Número: 067 | 4 de Abril de 2008

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Verificaram-se várias revisões constitucionais, em 1982, em 1989 e em 1992, e questões fundamentais não encontraram solução e atormentaram quem na altura conduzia a política regional.
Refiro-me a questões essenciais como o relacionamento da Região com a República em vários domínios, como o financeiro, ou até mesmo na utilização da figura do ministro da República. Houve, contudo, progressos assinaláveis, quer na estruturação dos poderes próprios, quer no montar ex novo de uma máquina administrativa autónoma, quer na institucionalização dos órgãos de governo próprio e toda uma série de investimentos de que a Região era carenciada.
Não nos podemos esquecer que a simples transferência de organização administrativa de três distritos — recordo, o de Ponta Delgada, o de Angra do Heroísmo e o da Horta — numa única região autónoma, levou o seu tempo. A indispensável ajuda de um órgão de comunicação regional, como a RTP Açores, veio solidificar o conceito de pertença a uma Região, tal é a força da imagem e a aproximação entre os cidadãos que a serve.

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Hoje, os Açores estão completamente diferentes.
As transformações a que assistimos levam-nos a constatar que os Açores evoluíram para muito melhor.
O bem-estar das populações é incomensuravelmente melhor do que há umas dezenas de anos atrás.
Qualquer que seja o ângulo relativo aos indicadores de bem-estar dos açorianos, verifica-se que os Açores percorreram uma linha ascendente e de aproximação aos níveis das melhores regiões do País.
Toda esta nova realidade deve-se, naturalmente, ao esforço dos açorianos que têm tido a responsabilidade política do destino da Região.
Porém, foi a administração dos Açores pelos açorianos ou, melhor, foi a autonomia político-administrativa que permitiu que hoje os Açores se possam apresentar como uma Região de sucesso.

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Se é verdade que os principais beneficiários do sucesso açoriano são os açorianos, não é menos verdade que esta é uma mais-valia nacional.

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Muito bem!

O Sr. Ricardo Rodrigues (PS): — Portugal fica melhor sempre que uma das suas regiões vive melhor.
Os açorianos foram, são e serão portugueses de primeira na acepção de pertença a um País e no amor pátrio.
Os açorianos sempre mantiveram uma boa auto-estima porque se habituaram a ver nos seus muitos dos melhores de Portugal.
Foram açorianos dois Presidentes da República: o primeiro, Manuel de Arriaga e, depois, Teófilo Braga. Há pouco citei Hintze Ribeiro, como primeiro-ministro.
Mas também nas artes e nos seus vários domínios. Cito apenas, no domínio literário o açoriano, Antero de Quental, um dos maiores expoentes portugueses no seu campo do conhecimento e saber. Mas não posso deixar de me lembrar de Vitorino Nemésio ou de Natália Correia e de tantos outros cuja enumeração seria fastidiosa.
Mas a que se deve esta tenacidade e esta força telúrica açoriana? É, sem dúvida, o encanto da natureza açoriana!

O Sr. Mota Amaral (PSD): — Muito bem!