33 | I Série - Número: 092 | 6 de Junho de 2008
Deputado até esqueceu que reduzimos a fiscalidade para o interior, o que foi um grande esquecimento para quem é de lá… Reduzimos a fiscalidade, e substancialmente! A única proposta que o Sr. Deputado aqui apresentou foi a de que, para resolvermos os problemas do interior, devemos obrigar os cidadãos do interior a pagar as portagens nas auto-estradas SCUT. Grande medida para o interior!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Teixeira de Melo.
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, oito perguntas, zero respostas!
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — É extraordinário!
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — E o tempo já lá vai quase todo.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — Provavelmente, as respostas não estavam nas «cábulas». O que me questiono é se o Sr. Primeiro-Ministro ainda tem dúvidas acerca de quanto se justifica esta censura.
Aplausos do CDS-PP.
Sr. Primeiro-Ministro, surpreenda-nos agora e responda qualquer coisinha, se quiser! Três anos depois, ninguém duvida de quanto a governação falhou, e falhou redondamente. Sabe-o o País, sabemo-lo nós que o interpelamos e sabe também, necessariamente, o Sr. Primeiro-Ministro. Quer que lhe diga porquê? No dia 17 de Fevereiro de 2005, sobre o desemprego, dizia o Sr. Primeiro-Ministro: «7,1%, este número é bem a marca de uma governação falhada, de uma economia mal conduzida». Lembra-se, Sr. PrimeiroMinistro? E agora o que temos? A taxa de desemprego era de 7,1% e o Sr. Primeiro-Ministro conseguiu a extraordinária marca de 8,2% em 2007, a pior marca dos últimos 21 anos! Agora, pergunto-lhe: afinal, a demagogia é impressão digital de quem?
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Primeiro-Ministro não tem uma palavra sobre o desemprego que vitima mulheres, pessoas com mais de 40 anos e famílias inteiras? E a emigração, Sr. Primeiro-Ministro, que, antes, para os socialistas, era apenas o pior dos sinais de outros tempos e que, agora, é o único recurso de tantos que não têm qualquer outra opção nas suas vidas? Sabe o que é que diz, por exemplo, o La Voz de Galicia aqui ao lado? Diz: «Portugal não consegue superar uma crise que empobrece os seus cidadãos. O número de portugueses que cruzam a fronteira para trabalhar duplicou em dois anos».
E, Sr. Primeiro-Ministro, sabe o que diz o Presidente da Confederação dos Trabalhadores Galegos? Diz: «Os trabalhadores portugueses são invisíveis, porque a maioria vive em contentores junto às obras.
Trabalham sem horários, sem férias e sem direitos». Só lhe faltou também dizer, Sr. Primeiro-Ministro, que são invisíveis também para este Governo,…
Aplausos do CDS-PP.
… que para eles não tem uma única palavra e que, como única resposta, se limita a dizer, quando invocamos factos, que fazemos demagogia. Mas essa demagogia, que o Sr. Primeiro-Ministro interpreta com tal, tem