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69 | I Série - Número: 092 | 6 de Junho de 2008


pequenos factos como a política fiscal, a segurança, a educação, a saúde, a relação do Estado com os cidadãos, a segurança social, em que todos temos políticas diferentes das do actual Governo.

Aplausos do CDS-PP.

É o ultrapassar da ideia da «água mole em pedra dura tanto bate até que fura», porque estamos numa situação em que a «água» da oposição do CDS não é «mole» e a «pedra» do Governo já não é «dura».

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Foi por isso que apresentámos a moção de censura no local em que deve ser feito. Nós não criticámos Jorge Sampaio e Ferro Rodrigues por o terem feito perante um governo de maioria absoluta.

Aplausos do CDS-PP.

Temos uma certeza: os portugueses entendem a nossa censura e repudiam a actual situação.
Numa atitude repetida, o Primeiro-Ministro utilizou o argumento do passado. Depois de 1182 dias como governante o Sr. Primeiro-Ministro só utilizou este argumento 455 vezes. Na opinião do CDS, um dos aspectos mais deploráveis do actual debate político é verificar que o Governo, perante uma situação económica e social tão grave como a que vivemos, não encontra outra mensagem para dirigir aos portugueses que não seja a de que a culpa é dos outros. É absolutamente confrangedor…

Aplausos do CDS-PP.

… que o discurso do Governo só tenha evoluído da queixa da herança recebida para juntar a justificação internacional. «Esta conversa de «passa culpas» (…) está não apenas estafada (…) como falha de credibilidade».

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — «Passa completamente ao lado do que os portugueses desejam» — isto foi o que José Sócrates disse no Diário Económico, de 26 de Fevereiro de 2003.
Sobre este argumento, mais palavras para quê?

Aplausos do CDS-PP.

O Governo lançou também sobre o CDS o qualificativo de demagogia e facilitismo. Não se preocupe o Governo, pois aquilo que apresentamos são propostas políticas, trabalhadas e seguidas por vários políticos europeus que têm os seus países a crescer mais do que Portugal, com uma educação e saúde melhores, mais justiça social e uma política fiscal competitiva. Estranho conceito de demagogia e facilitismo! Mas, na altura certa, o Sr. Primeiro-Ministro perceberá que é por isso que a alternativa passa pelo CDS.

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — O Sr. Primeiro-Ministro não responde e sorri perante as críticas. A isto os portugueses chamam arrogância perante todos aqueles que pensam de maneira diferente da sua.

Aplausos do CDS-PP.

Por isso, lamentamos que não tenha transformado os seus sorrisos e as suas omissões em actos de governação.