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15 | I Série - Número: 099 | 27 de Junho de 2008

Mais: o Sr. Deputado Agostinho Lopes falou da questão do gasóleo profissional para os táxis.
Felizmente, já andei de táxi hoje duas vezes — digo felizmente porque posso pagá-lo.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. Afonso Candal (PS): — E pergunto: é justo que os portugueses que pagam impostos e não têm dinheiro para andar de táxi subsidiem o meu? É justo? É justo que eu tenha um preço no táxi que é subsidiado pelos portugueses que não andam de táxi?

Protestos do PCP.

O que me parece justo e, mais, que tem a concordância da generalidade dos taxistas é haver uma repercussão desse preço acrescido do gasóleo, no caso da maior parte do gasóleo, naquilo que os clientes dos táxis pagam, que se espera que seja o menos possível para que negócio continue a ser viável e a ter clientes. Contudo, criar clientes para o táxi, porque quem anda de táxi não paga e quem paga são todos, mesmo os que não andam de táxi, não me parece muito justo! Mas, obviamente, o PCP terá uma outra interpretação sobre a justiça de pôr a pagar quem menos tem para aqueles que, felizmente, ainda vão podendo.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — É um aldrabão! Um aldrabão de feira!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Agora, refiro a questão do défice e das despesas.
Vamos lá ver. O País tem, hoje, a seguinte situação: o País gasta mais do que o que tem para gastar, ou seja, há mais despesa pública do que receita pública.
O Governo tem feito um esforço de redução do défice, que é exactamente o diferencial entre o que se tem para gastar e aquilo que se gasta realmente.
VV. Ex.as dizem: «isto não interessa para nada, gaste-se à vontade, independentemente das receitas».

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Ó homem, não seja aldrabão!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Não é razoável. Portanto, o Governo não pode prescindir…

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Onde é que ouviu dizer isso?! Cale-se!...

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ó Sr. Deputado Jerónimo de Sousa, terá oportunidade de fazer o seu pedido de esclarecimento. O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Onde é que ouviu dizer isso?! Não esteja a mentir!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Percebo a sua incomodidade, porque a confrontação com as consequências das alegações feitas pelo PCP, por via de títulos, é dura, mas os portugueses sabem!

Aplausos do PS.

Protestos do PCP.

E VV. Ex.as
, hoje, dão uma prova provada da enorme inconsistência das vossas ideias ou, pelo menos, da enorme falta de colagem com a realidade, porque todas as vossas propostas (todas, eventualmente, com uma excepçãozinha, que é a proposta que o Governo está a estudar) têm como efeito evidente prejuízo para aqueles que menos têm e não para os outros!