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108 | I Série - Número: 017 | 7 de Novembro de 2008

» que VV. Ex.as sempre esconderam com Orçamentos rectificativos, com a assunção, sempre em fim de linha, de que, de facto, havia um problema pequeno: ora diziam que eram 1200 milhões de euros a menos, ora que eram 1500 milhões de euros a menos, mas depois constatou-se que até era superior a 1800 milhões de euros a menos. V. Ex.ª podia ter dito que, de facto, este Governo tem o orçamento da saúde equilibrado, e tem experiência para o poder dizer, nomeadamente a experiência penosa de quem não teve o orçamento equilibrado.
A oposição, em especial o PSD, podia ter apresentado propostas concretas, críticas concretas, alternativas concretas ao que consta do Orçamento do Estado, mas a verdade é que não o fizeram. Não me recordo de um debate sobre o Orçamento do Estado em que a postura — crítica que fosse, mas construtiva em nome do País — da oposição, especialmente do maior partido da oposição, fosse tão pobre. Não há alternativa expressa pelo maior partido da oposição.

Protestos do PSD.

Há outros partidos que vão tendo algumas propostas, mas o PSD não tem nenhuma! Não me lembro de alguma vez ter acontecido uma situação como esta.
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista termina este debate com a sensação de que faltou aqui qualquer coisa — e faltou! Faltou uma oposição construtiva, ainda que alternativa, o que não nos permitiu, sequer, ter o contraditório. No tempo de que ainda dispomos, esperamos que VV. Ex.as digam o que fariam se fossem governo, para além daquilo que já disseram e se arrependeram, como a privatização da Caixa Geral de Depósitos, a privatização, parcial que fosse, da segurança social, a venda do ouro e os despedimentos de centenas de milhares de funcionários públicos. Já abandonaram essas propostas, bem percebemos.
Porventura, nunca as deviam ter feito. Mas, então, quais são as propostas novas? Nenhuma! Nas vossas jornadas parlamentares fizeram uma análise sobre a situação económica do País. Propostas? Zero!

Vozes do PS: — Exactamente!

O Sr. Afonso Candal (PS): — Nem uma proposta! E isto não é bom! Felizmente, o Governo está centrado nos problemas do País e a agir em nome do País! Mas é importante que a oposição também se centre no País, nos problemas do País, mesmo tendo propostas diferente, propostas alternativas. Infelizmente, o PSD é o maior partido da oposição, em especial da oposição interna a si próprio, mas convém que se centre também na oposição em termos parlamentares e políticos para haver uma alternativa forte, porque isso é bom para a democracia. Não é que ponha em risco a acção do Governo, mas porque isso ç bom»

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, está a fazer um longo pedido de esclarecimento. Queira concluir.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Termino, Sr. Presidente, reiterando a pergunta porque essa é a minha expectativa e pode ser que o Sr. Deputado Adão Silva me ajude: é a auto-estrada de Bragança, Sr. Deputado?

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, vou ser muito rápido e tentar compensar os 6 minutos e 23 segundos do Sr. Deputado Afonso Candal»

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço desculpa, mas, uma vez que o Sr. Deputado Adão Silva me informa que pretende responder já ao Sr. Deputado Afonso Candal, vou dar-lhe a palavra.
Faça favor, Sr. Deputado Adão Silva.