11 | I Série - Número: 040 | 30 de Janeiro de 2009
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): —  » e que promoveram políticas de não promoção do emprego, porque ainda não se falava desta crise em 2007, e o Programa de Estabilidade e Crescimento vem referir que o crescimento do emprego foi absolutamente nulo, resultado das vossas políticas.
São todas estas questões que hoje aqui têm de ser esclarecidas e que serão, com certeza, debatidas neste debate e no próximo, que se seguirá.
O Sr. Francisco Madeira Lopes (Os Verdes): — Muito bem!
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e das Finanças.
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Honório Novo, o Governo é, de facto, um grande defensor do emprego»
O Sr. Honório Novo (PCP): — Mostre lá!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — » e, por isso, apostou fortemente em criar condições na economia portuguesa para que esta pudesse crescer mais e criar emprego. E teve sucesso em prosseguir esta política, porque o crescimento da economia portuguesa melhorou de forma significativa.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Ah!, ah!, ah!»
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Recordo que, em 2007, a economia portuguesa atingiu um crescimento de 1,9%, que era ainda insuficiente, e sempre o reconheci, mas dando já nota de uma recuperação sustentada do crescimento, que foi interrompida por esta crise internacional. E, com essa dinamização da actividade económica, o emprego aumentou em Portugal e criaram-se mais de 130 000 novos empregos em Portugal.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Conseguiu foi criar mais desemprego!
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: —  O Governo é, de facto, amigo do emprego.
Quanto à redução dos funcionários públicos, Sr. Deputado, o Governo tem conseguido um resultado que é histórico, nunca conseguido, pelo menos, na história da democracia portuguesa e até antes dos tempos democráticos, que foi o de proceder a uma racionalização da sua administração e a uma melhor utilização dos seus recursos.
O Sr. Honório Novo (PCP): — E os 56 mil anunciados?
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — E, pela primeira vez, reduzimos o número de funcionários públicos na nossa Administração. E fizemo-lo, Sr. Deputado, sem um único despedimento. Iremos prosseguir esta política, sem despedimentos na função pública, porque isso melhora o funcionamento da Administração Pública e a qualidade dos serviços e gasta-se melhor o dinheiro dos contribuintes.
Aplausos do PS.
O Sr. Honório Novo (PCP): — Ou seja, vai despedir mais 56 000 em 2009!?
O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Quanto ao investimento público, Sr. Deputado, fazemos, de facto, um esforço acrescido de investimento em 2009, que tem em vista provocar um efeito contracíclico na economia. O investimento das administrações públicas em 2009 vai aumentar cerca de 23% relativamente àquela que é, neste momento, a estimativa do investimento em 2008. Este é, de facto, um crescimento extraordinário do investimento público, que se deve às circunstâncias extraordinárias da conjuntura.