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34 | I Série - Número: 047 | 19 de Fevereiro de 2009

É porque, quando dizem aqui — e era bom que, sobretudo, o Sr. Deputado Luís Pita Ameixa reflectisse sobre o que aqui está» O Governo, há quatro anos, começou por transformar um IP em auto-estrada entre Sines e Ficalho; depois, começou por fazer um IP com quatro faixas de rodagem e portagem virtual e, agora, temos o «IPzinho» — é um «IPzinho»! — entre Beja e Sines. Esqueceram-se de que era para ser entre Sines e Ficalho. Na verdade, era isso que devia ser construído, é disso que o País precisa, foi isso que efectivamente as populações reivindicaram e que o Governo agora transformou em mais uma promessa.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr. Deputado, peço-lhe que termine.

O Sr. José Soeiro (PCP): — Termino já, Sr. Presidente.
É porque dizem aqui os dados relativos aos sinistrados, dizem muita coisa, só não dizem quando é que começam as obras e quando é que acabam as obras.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados José Eduardo Martins, Luís Pita Ameixa e Helder Amaral.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Eduardo Martins.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado José Soeiro, embora esta história de Pinho e Lino comece por nos fazer sorrir, de facto, não tem nada de engraçado e é apenas e só o espelho de uma prática repetida, como bem sabe.
Pela nossa parte, ainda estamos curiosos para esclarecer se, em tempo de crise, o Ministro Pinho continua a querer pagar 5 milhões de euros por umas fotografias para o Turismo de Portugal fazer propaganda e para saber quanto custam estes anúncios radiofónicos, passados de 15 em 15 minutos em todas as rádios, sobre a fantástica linha de crédito, que, afinal, as associações de pequenas e médias empresas dizem não ter chegado ao terreno.
Sobre o Ministro Mário Lino, qual é o espanto, Sr. Deputado José Soeiro — pergunto-lhe, com franqueza —
, tratando-se de um Ministro que, como se viu na semana passada, não se preocupa com o que lhe diz o seu próprio partido sobre as contrapartidas de uns negócios de aviões, mas não deixa de ter a rédea curta às empresas públicas, perguntando-lhes sobre a lista de todas as inaugurações que possam fazer para que, naturalmente, a sua agenda daqui até às eleições possa estar preenchida de inaugurações? Ou que dizer, pior ainda, de um Ministro das Obras Públicas que, quando o País inteiro e a Assembleia da República questionam a transparência do escandaloso negócio dos contentores de Alcântara, manda, e sempre com o dinheiro dos nossos impostos, fazer um «encartezinho« da Administração do Porto de Lisboa,»

O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — Sim, sim!

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — » para distribuir urbi et orbi, explicando-nos como o movimento, que, como se vê, de resto, agora, aumentou, no terminal de contentores de Alcântara justificou que os nossos impostos paguem a justificação desta negociata da Administração do Porto de Lisboa? A pergunta que gostava de lhe deixar, Sr. Deputado José Soeiro, é se isto verdadeiramente o surpreende quando este Governo é dirigido pelo Primeiro-Ministro que, quando era Ministro do Ambiente, por cada cerimónia de inauguração do Programa Polis gastava 1 milhão de contos na sua propaganda pessoal, em cada cerimónia dos relogiozinhos, que agora mandou esconder e que eram a sua grande bravata política.
Essas cerimónias eram pagas pelo dinheiro dos contribuintes, como foram pagas pelo dinheiro dos contribuintes todas as cerimónias de propaganda política deste Primeiro-Ministro a partir da Águas de Portugal.

O Sr. Presidente (Manuel Alegre): — Sr. Deputado, tem de terminar.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Sr. Presidente, vou terminar.