17 | I Série - Número: 050 | 26 de Fevereiro de 2009
esta posição ou alterou-a, depois de o PSD apresentar um pacote integrado para as pequenas e médias empresas?
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Paulo Rangel, o que notam os desempregados que estão a ver este debate é que têm aqui um Governo que age e faz para combater o desemprego no nosso país.
Aplausos do PS.
Têm um Governo que tem perfeita consciência do que se está a passar e está neste momento a executar 12 medidas para que alguns tenham mais oportunidades de emprego. Têm um Governo que está a dar tudo por tudo no investimento público para dar mais oportunidades às empresas e mais oportunidades de emprego.
Têm um Governo que quer fazer mais obras públicas de modernização do nosso país para que haja mais portugueses com oportunidades de emprego e têm um partido na oposição que a única coisa em que está interessado é em explorar, demagogicamente e de forma oportunista, a situação de desemprego no nosso país.
Aplausos do PS.
Sim, porque o PSD considera agora que a melhor forma de se comportar, neste momento, é explorar a situação. «O desemprego vai subir!» Quem ouve o PSD até parece que o desemprego está apenas a subir em Portugal, não está a subir em mais nenhum lado do mundo! Recordo que o ano em que o desemprego subiu em Portugal quando descia no mundo foi o ano de 2003, não é o ano de 2009! O ano em que houve uma recessão no nosso país, quando a Europa e o mundo estavam a crescer, foi o de 2003, não foi o de 2009. Mas nessa altura não havia catástrofe nenhuma, não» Pelo contrário, nessa altura o Sr. Deputado Paulo Rangel achava que estava tudo a correr muito bem» A questão essencial que nos separa do PSD é esta: onde é que deve ser aplicado o dinheiro público? Onde é que devemos concentrar-nos? O que é que as pessoas, que estão em casa a ver este programa, esperam do Governo? É que faça tudo aquilo que estiver ao seu alcance para dar mais oportunidades às empresas e aos portugueses. E como é que isso se faz? Reforçando o investimento público.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Ainda recentemente, pude visitar uma barragem, o maior investimento hidráulico que estamos a fazer, a barragem do Baixo Sabor, na qual, desde o início da construção, estão a trabalhar 43 empresas – 43 pequenas e médias empresas. Mas o PSD acha que isso são grandes investimentos e que isso não devia ser feito.
O que nos separa é, de facto, a questão do investimento público. Combate-se o desemprego, dá-se mais oportunidades, reforçando o investimento público, por forma a que o nosso País possa modernizar-se, ao mesmo tempo que se combate quer a crise da economia quer a crise do emprego. É assim que se responde à crise, em Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Rangel.