62 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009
É a censura dos agricultores, que, em vez de Ministro que os represente em Bruxelas, percebem por cá uma espécie de comissário para a poupança dos fundos comunitários, que não aplica e devolve milhões à procedência,»
Aplausos do CDS-PP.
» que se atrasa na aprovação de regulamentos, que não apoia a produção leiteira, que ç responsável pelo alastramento da doença do nemátodo do pinheiro pelas nossas florestas e que, quatro anos depois, consegue o mérito de ter todos contra si.
É a censura de quem recorre aos tribunais e percebe tudo pior, decidido mais tarde e mais caro; a censura dos advogados oficiosos, a quem o Ministério se permite um calote de meses e de anos e a quem assegurou que pagaria os honorários até 5 de Junho, dois dias antes das eleições — está mesmo a perceber-se porquê!» —, para continuarem hoje, largamente passada a data, sem receber, porventura como castigo pela derrota do Partido Socialista nas eleições europeias.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — É a censura dos outros jovens, que querem trabalhar mas não encontram empregos, que emigram e não compreendem uma estatística que lhes revela que, em cada 100, 20 estão no desemprego.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — É a censura dos outros desempregados, que, não tendo melhor sorte, vêem os seus nomes apagados de ficheiros por haver quem ache neste País, com o apoio deste Governo, que o que não se vê não existe e que, apesar disso, no dia seguinte, lá continua a desempenhar exactamente as mesmas funções.
Aplausos do CDS-PP.
É a censura daqueles a quem dizem serem precisos mais nascimentos para a sustentabilidade da segurança social, mas que percebem, depois, que tenham zero, um, dois ou cinco filhos pagam rigorosamente os mesmos impostos, como se tivessem todos de suportar as mesmas despesas.
É a censura daqueles que estão cansados de se sentir inseguros, porque há ruas onde não podem andar livremente, porque quando a criminalidade aumentava a maioria que nos governa alterou leis penais a contraciclo, deu sinal errado, facilitou a vida aos bandidos, dificultou o trabalho aos polícias, e que, por causa disso, hoje temem mais, e justificadamente, pelos seus bens, pela sua integridade física e pelas suas vidas.
O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): — É a censura dos professores, que tiveram de suportar uma Ministra que tentou colocar um País inteiro contra eles, que questionou a sua autoridade dentro das salas de aula, que acredita que o insucesso escolar não se combate com mais exigência mas, sim, terminando com a avaliação que nos revela a dimensão do problema e que considerou perfeitamente normal tratar por igual as faltas dos alunos doentes e as faltas dos outros, que simplesmente não gostam nem querem estudar.
É a censura dos idosos, que na Legislatura perderam poder de compra e tiveram o menor aumento das suas pensões nos últimos anos, ao passo que a dotação orçamental para o rendimento mínimo duplicou, numa inversão de critérios que revela como para quem nos governa quem muitas vezes não trabalha, porque não quer e não é fiscalizado, justifica maior apoio do que quem trabalhou e solidariamente descontou toda uma vida.
Aplausos do CDS-PP.