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58 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

Essa não é a perspectiva que entendemos que deva servir os interesses do País num momento tão difícil como aquele que ele conhece.

A Sr.ª Sónia Sanfona (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Perante um Governo e uma maioria tranquilos, o que vemos é uma oposição ansiosa e insegura, à direita. Uma oposição ansiosa pelo poder, que considerava longe e distante mas que uma inesperada vitória e, sobretudo, uma inesperada e profunda crise económica parecem colocar no horizonte da sua expectativa política, legitimamente. Mas também insegura porque evidenciou, ao longo deste debate, uma total incapacidade de esboçar, como disse, uma proposta séria de alternativa e, mais do que isso, capaz de garantir ao País a estabilidade e a governabilidade de que necessita.

O Sr. José Eduardo Martins (PSD): — Já disse isso duas vezes! Não é capaz de avançar?!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Tal como vemos uma oposição insegura e ansiosa, à esquerda. Ansiosa não porque a crise lhe tenha trazido o poder mas porque lhe trouxe uma miragem de revolução que acentua ainda mais, perante a crise do capitalismo, essa dimensão revolucionária de que a esquerda portuguesa, infelizmente, não pretende abdicar,»

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Toda ela!»

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — » mas que, por outro lado, lhe cria uma enorme insegurança e uma enorme ansiedade, que resulta do facto de o voto ser um vínculo de responsabilidade não para fazer o contrapoder mas para governar e resolver os problemas do País.

A Sr.ª Ana Catarina Mendonça (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — E os Srs. Deputados à esquerda do Partido Socialista são incapazes de esboçar uma perspectiva para resolver os problemas do País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora essa!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Pelo contrário, todos sabem que as propostas que apresentam colocariam o País numa trajectória revolucionária e que, mais do que resolver algum problema, agravaria ainda mais os problemas com que o País se confronta.

Aplausos do PS.

Por isso, também à esquerda este debate mostrou-nos a incapacidade de a oposição responder de forma construtiva aos desafios com que o País se confronta e aos quais o Partido Socialista e o seu Governo têm procurado dar resposta ao longo destes anos.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Vê-se!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Nesta perspectiva, este debate evidenciou a dificuldade em que a oposição se coloca e não a dificuldade do Governo, que aqui este tranquilamente respondendo ás perguntas a que tinha de responder,»

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Respondeu às perguntas?!