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56 | I Série - Número: 092 | 18 de Junho de 2009

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Esta é também uma imagem, mais do que evidente, passado este debate.

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Aliás, este é um Governo que já está para além de desorientado, pois não tem um conceito estratégico, não se percebe qual é a ideia que defende para o País.

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Terminarei, Sr. Presidente.
E, no que respeita à manutenção de rumo que o Partido Socialista e o actual Governo têm, o CDS apresentará o seu «caderno de encargos» em relação às empresas, em relação ao emprego, em relação à saúde, em relação à educação, em relação, evidentemente, à segurança, com políticas bem diferentes daquelas que tem o actual Governo, acentuando a necessidade de, à direita, existir um valor acrescentado.
A nossa preocupação é muito simples. A nossa preocupação é demonstrar a diferença entre a resignação e a esperança. A nossa preocupação é demonstrar que o José Sócrates «suave, humilde e modesto» é, hoje, precisamente o mesmo que se apresentou a eleições no dia 7 de Junho.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, não havendo mais oradores inscritos para o período de intervenções, passamos à fase de encerramento da moção de censura.
Em nome do Governo, tem a palavra o Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Luís Amado): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Ouvi com atenção as intervenções dos Srs. Deputados das diferentes bancadas e a primeira conclusão que me apraz registar, em nome da bancada do Governo e em jeito de conclusão, é a total inconsequência política desta moção de censura — muita referência crítica foi feita a esta moção.
Ela é inconsequente do ponto de vista político, independentemente da sua legitimidade (que não contestamos), desde logo porque a consequência de uma moção de censura é o derrube do Governo, consequência, essa, que provocaria a realização de eleições exactamente no período para o qual as eleições estão previstas.
Mas é mais inconsequente do ponto de vista político porque, realizando-se a três meses de uma eleições, a moção de censura é um instituto demasiado sério na vida parlamentar e democrática para que a oposição chegue a este Parlamento e não apresente uma proposta capaz de evidenciar as suas responsabilidades enquanto alternativa política para o País.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — A primeira conclusão deste debate é a de que a oposição foi incapaz, numa moção de censura a três meses das eleições, de projectar no País uma imagem de capacidade de afirmar uma alternativa programática e ideológica ao Governo do Partido Socialista.

Aplausos do PS.

E tinha a obrigação de o fazer!

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Por acaso, não!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Mas o que o Sr. Deputado Paulo Portas aqui veio fazer, durante metade do tempo, foi justificar a própria moção de censura, o que revela, só por si, a enorme fragilidade política em que ele próprio coloca o partido e a direita portuguesa.